Faltando 10 dias para as eleições, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) entrou, na tarde desta quinta-feira (23), com um mandado de segurança preventivo, se antecipando contra a possível determinação que proíbe a venda de bebida alcoólica nos estabelecimentos mineiros. Conforme pedido feito ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a entidade pede que a chamada ;;Lei Seca;; não seja aplicada em 3 de outubro, valendo também para o dia 31 do próximo mês, caso as eleições se encerrem no segundo turno.
No pedido ao TJMG, a Abrasel argumenta que em outros estados do país, como Rio de Janeiro e São Paulo, não houve restrição de vendas nas eleições municipais de 2008. Em Santa Catarina, a venda de bebida no dia da votação foi liberada nesta e nas últimas três eleições. A associação também informa que a determinação não impede o consumo de bebidas, já que é registrado aumento das vendas em supermercados e mercearias. ;;A Abrasel acredita que a tranquilidade histórica da população mineira e a harmonia registrada em eleições anteriores são fatores que devem ser levados em consideração para tal liberação;;, informa a nota divulgada à imprensa.
A proibição do consumo de álcool é determinada pelos governos estaduais. Em Minas, a assessoria da Secretaria de Estado de Defesa Social (Sedese) disse que a decisão tomada em conjunto com a Justiça Eleitoral será mantida e a determinação será publicada no Diário Oficial do estado nos próximos dias. Na eleição de 2008, bares e restaurantes foram proibidos de servir bebidas alcoólicas somente no dia da votação, das 6h às 20h.