A passagem do candidato ao GDF Agnelo Queiroz (PT) pelo Riacho Fundo, mais uma vez, acabou em agressão e bate-boca entre militantes rorizistas e petistas. A confusão ocorreu logo após a inauguração de um comitê residencial de Agnelo na QS 14, por volta das 17h30. Enquanto o candidato discursava para um grupo de apoiadores em uma casa localizada em frente à Praça Ayrton Senna, seguidores azuis balançavam bandeiras e sopravam vuvuzelas a poucos metros do local, em tom de provocação. Seguranças do time do PT tentaram coibir a manifestação partindo para cima dos adversários. Uma pessoa foi agredida e a polícia teve que agir para conter a confusão.
O estudante Esrom Generoso Lamounier, 21 anos, acusa os seguranças do candidato do PT de o cercarem para tentar tomar uma bandeira de Joaquim Roriz. ;Eles vieram tirar a minha bandeira. Um deles me deu um murro na cabeça e outro me enforcou;, contou. O tumulto ocorreu num espaço entre duas barracas fixadas na praça. A gritaria chamou atenção das pessoas que passavam próximo ao local. Colegas de trabalho tentaram acalmar os seguranças, enquanto familiares do estudante protestavam contra as atitudes do grupo vermelho. ;Foram eles que começaram a provocar. Passaram no comitê do Roriz e mandaram a gente não tumultuar e ainda me xingaram de prostituta;, afirmou Monalisa de Lima Lamounier, 22 anos, prima de Esrom.
Ao defender a filha, a ex-administradora do Riacho Fundo II Edileuza Lamounier disse a um dos seguranças do PT que a região é de Roriz. ;A cidade é nossa. Não venham agredir o meu pessoal. O bandido aqui é o Filippelli (Tadeu), que traiu o Roriz;, acusou. Os policiais da 19; Companhia de Polícia Militar Independente (CPMind) contiveram os militantes sem o uso de força. Para evitar que o grupo rorizista chegasse à rua do comitê do PT, foram estacionadas duas viaturas. Segundo a assessoria de imprensa de Agnelo Queiroz, a provocação partiu dos rorizistas.
O número
8.097
eleitores de outras cidades solicitaram ao TSE autorização para votar no Distrito Federal no primeiro turno
Criança e adolescente na pauta
>> Luísa Medeiros
>> Roberta Machado
Os principais candidatos que disputam a corrida eleitoral ao Governo do Distrito Federal participaram, na manhã de ontem, de um debate promovido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, realizado na 916 Sul. Agnelo Queiroz (PT), Eduardo Brandão (PV) e Toninho do PSol marcaram presença no encontro realizado para discutir as propostas de governo destinadas à assistência de crianças e adolescentes do DF. Joaquim Roriz (PSC) foi o único dos postulantes convidados que não compareceu. Não houve troca de acusações ou ataques entre os concorrentes, ao contrário do que vem ocorrendo nos debates promovidos por veículos de comunicação e em eventos que contam a participação dos oponentes.
O evento de ontem foi dividido em seis blocos. Em um primeiro momento, cada concorrente apresentou um resumo das propostas voltadas para esse público. Agnelo enfatizou que proporcionará acesso à creche e à educação integral para todas as crianças e adolescentes. Toninho criticou o modelo adotado pelo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) e disse que, em sua gestão, o local será desativado. Brandão afirmou que, primeiramente, investirá em políticas públicas transversais para depois criar uma estrutura de governo.
Crack
Os candidatos também falaram a respeito de temas previamente escolhidos pela organização do evento. Um dos assuntos abordados foi o aumento do consumo de crack na capital e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. Prevenção, tratamento e combate ao tráfico e ao vício foram as soluções apresentadas pelos três políticos.
No quarto bloco, os políticos puderam fazer perguntas uns aos outros e, na etapa seguinte, eles responderam aos questionamentos de jornalistas e da plateia. Ao fim do debate, todos os candidatos assinaram um termo de compromisso em que reafirmaram a intenção de tratar como prioridade absoluta as ações de interesse de crianças e adolescente do DF.
O documento listou 20 pontos, em alusão aos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Entre os itens elencados estão a criação de uma secretaria de estado para cuidar da área, a destinação de recursos orçamentários e financeiros para ações em prol da juventude no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA), e a disponibilização de estrutura física e quadro de servidores para o adequado funcionamento dos conselhos tutelares.