O tempo fechado em São Paulo levou o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, a improvisar uma nova agenda. Em vez de compromisso no Guarujá, no litoral, o candidato realizou gravações para o programa de rádio e televisão do horário eleitoral gratuito e visitou o Museu da Língua Portuguesa, no centro da capital paulista. Durante a visita, defendeu a multiplicação de museus pelo país. Após o compromisso oficial, voltou a falar sobre a violação de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de sua filha, Verônica.
No compromisso de campanha agendado às pressas, Serra defendeu a criação de museus como iniciativa capaz de ajudar na formação de estudantes e da população. ;Precisamos multiplicar essas iniciativas culturais. No Brasil, cultura e lazer não é só na escola ou na rua. É também em museus dessa natureza;, disse.
Questionado sobre a participação do PT na quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge, respondeu: ;Eu não tenho dúvidas de que há envolvimento do PT. Esse é o DNA do PT;. O presidenciável referiu-se ao analista tributário Gilberto Amarante, servidor da Receita Federal de Formiga (MG), que acessou por 10 vezes os dados do CPF do vice-presidente do PSDB, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o TSE, o analista é filiado ao PT desde 2001.
Serra evitou confrontos com Luiz Inácio Lula da Silva. No sábado, o presidente criticou Serra: ;É próprio de quem não sabe nadar se debater até morrer afogado;, afirmou Lula. O ex-governador preferiu chamar Dilma ao ;ringue;. ;Ela fica na sombra do Lula. Está mais do que na hora de se manifestar;, disse.