Os debates eleitorais transmitidos em rede nacional de televisão são, muitas vezes, decisivos para a vitória ou a derrota de um candidato. Foi assim em 1989, quando Fernando Collor venceu Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. É momento em que um candidato pode deixar o concorrente em uma saia justa. Os políticos podem mostrar desenvoltura, mas correm também o risco de passar vergonha.
No Brasil, o debate se tornou popular em 1989, quando até nove candidatos participaram de um mesmo encontro. Em um deles, Paulo Maluf e Leonel Brizola travaram discussões intermináveis. ;Marília Gabriela era a mediadora e teve uma discussão feia com o Brizola, que extrapolou o tempo. Foi difícil;, recorda-se o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB).
Desde então, as principais emissoras de tevê do país realizam debates nas eleições presidenciais. Por tradição, a Bandeirantes sempre transmite o primeiro, logo no começo da campanha, e a Globo encerra o ciclo, no prazo-limite estabelecido pela lei. Nestas eleições, a lei limita a veiculação de debates até a meia-noite de 30 de setembro, uma quinta-feira. O pleito está marcado para três dias depois ; domingo, 3 de outubro. No segundo turno, as regras são semelhantes (veja infografia).
O primeiro debate das eleições de 2010, realizado ao vivo pela Band, no último dia 5, contou com a participação de quatro dos nove candidatos à Presidência da República. Dilma Rousseff (PT) foi alvo das principais perguntas, sendo que grande parte do embate se deu entra ela e José Serra (PSDB). Marina Silva (PV) teve participação mais discreta. Quem mais chamou a atenção, porém, foi o candidato do PSol, Plínio de Arruda Sampaio, que reclamou mais de uma vez que estava sendo excluído da discussão e sofrendo preconceito por ser de um partido menor.
O número
30 de setembro
Último dia para a realização de comícios e utilização da propaganda sonora nas ruas