Rio de Janeiro - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, voltou hoje a criticar a política de segurança pública do governo federal, em entrevista coletiva, após uma caminhada pelo centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ao comentar a ação de traficantes que invadiram hoje, após um tiroteio com a polícia, o Hotel Intercontinental, na zona sul do Rio, fazendo funcionários e hóspedes como reféns, Serra disse que o governo federal tem que entrar diretamente na luta contra o tráfico de drogas, ;com recursos, tropas, inteligência e análise do crime;.
Segundo o candidato tucano, ;o crime é nacional e o enfrentamento regional, e isso não funciona. O Brasil não toma conta das fronteiras. O tráfico é um problema de todo o país e não só do Rio de Janeiro;. José Serra reafirmou que, se eleito, vai criar o Ministério da Segurança Pública e levar a Guarda Nacional para tomar conta das fronteiras.
A saúde foi outro tema abordado pelo candidato na entrevista coletiva, concedida no Hospital Municipal Moacyr do Carmo. Ao citar como exemplo a situação da unidade, a principal da rede pública de Duque de Caxias, Serra afirmou que ;o Rio tem recursos do petróleo mas os municípios ficam sozinhos em relação à saúde. As pessoas demoram até um ano para conseguir atendimento;.
José Serra não quis comentar a pesquisa do Datafolha, divulgada hoje, que aponta a candidata do PT, Dilma Roussef, com 47% das intenções de voto, contra 30% da candidatura tucana. Sobre a ação movida pela coligação da candidata petista contra a propaganda do PSDB no horário eleitoral, Serra disse que ;isso é para atrair atenção e fazer com que os jornalistas perguntem. São bobagens, factóides sem importância nenhuma. O PT é assim: processa a vítima;.
Antes da entrevista, o candidato participou de uma caminhada de duas horas pelas principais vias do centro de Duque de Caxias, em companhia do prefeito da cidade, José Camilo Zito (PSDB) e de políticos da região. Serra cumprimentou eleitores, tirou fotos com candidatos e discursou prometendo transporte de massa da Baixada Fluminense à estação do metrô da Pavuna, na zona norte do Rio, além de saneamento, ensino técnico e políticas de formação de mão de obra.