Os empresários que investem na Zona Franca de Manaus cobraram hoje (20/8) do candidato à Presidência da República, José Serra, pela coligação O Brasil Pode Mais (PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B), apoio à proposta de transformar o polo industrial numa área de funcionamento permanente, eliminando o caráter temporário fixado pela Constituição. ;Defendo a permanência da Zona Franca de Manaus;, disse. ;Hoje a Zona Franca conseguiu se firmar como um polo industrial. São de 90 a 100 mil empregos gerados por ano na Amazônia apesar da falta de infraestrutura;, completou.
Criada em 1967, a Zona Franca de Manaus foi instalada como meio de atrair investimentos para a área denominada Amazônia Ocidental e gerar de empregos. Pela Constituição, há um prazo de validade para a Zona Franca de Manaus. A última prorrogação ocorreu em 2003. No fim da década de 80, o então deputado federal José Serra apoiou a emenda constitucional, que confirmava o funcionamento temporário da Zona Franca de Manaus por 25 anos.
Na promulgação da Constituição, em 1988, fixou-se 5 de outubro de 2013 como prazo para que o polo industrial deixasse de funcionar como uma zona franca. Mas houve uma nova discussão e o prazo foi ampliado para 2023. Serra disse hoje que o ideal seria acabar com as prorrogações e transformar em permanente o funcionamento da Zona Franca de Manaus.
A região industrial sustenta a economia do estado do Amazonas. Nela, há três polos ; industrial, agropecuário e comercial. Há cerca de 500 indústrias instaladas na região. Como estímulo, o governo federal oferece a isenção de impostos e incentivos fiscais.
O apoio à Zona Franca de Manaus dominou as conversas durante a visita de Serra a Manaus. Ele almoçou com representantes do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) do Amazonas, que representam 650 companhias de vários setores e que geram aproximadamente R$ 100 milhões por ano para ao estado.