Nos primeiros programas de 15 segundos elaborados para entrar no meio da programação das emissoras a partir de hoje, os candidatos usaram e abusaram das armas de que dispõem. Dilma Rousseff começa um deles citando o presidente. ;Lula dizia que não tinha o direito de errar, porque, se errasse, um operário nunca mais seria presidente da República. Eu digo o mesmo: Se eu me tornar a primeira mulher presidenta do Brasil, não poderei errar. Não vou errar. Aprendi trabalhando ao lado do presidente que fez o melhor governo da nossa história. Participei de todos os projetos. Sei o que fazer para o Brasil avançar ainda mais;, afirma Dilma em um dos comerciais.
O presidente Lula é a estrela de outro spot: ;Tem pessoas a quem a gente confia um trabalho e elas fazem certo. Esses são os bons. Tem pessoas a quem a gente dá uma missão e elas se superam. Essas são as especiais. Dilma é assim. Por isso, sua candidatura;, diz o presidente, ao pedir o voto do telespectador em favor da petista.
Os jingles que ficaram em segundo plano nos primeiros programas do PT foram um recurso usado pelo tucano José Serra. ;Fez muita coisa/ fez pra mim e pra você/ presidente de verdade/ Serra é bom de A a Z.; E assim as letras vão aparecendo e os apresentadores vão colocando os feitos de Serra como ministro da Saúde e governador de São Paulo ; a letra H se refere a hospitais. O candidato aparece chamando as pessoas a seguirem com ele para que todo o Brasil receba os benefícios que ele implantou nos cargos que ocupou.
Em comum, Serra e Dilma têm comerciais com as respectivas biografias começando com imagens em preto e branco. Enquanto o de Serra fala das coisas que ele fez, Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), medicamentos genéricos, vacinação de idosos, e quebra de patentes de remédios de Aids, o da petista fala dos cargo que ela ocupou e diz que uma mulher com a biografia dela ;merece ser presidente do Brasil;.