O presidente Barack Obama e o candidato da oposição republicana à Casa Branca, Mitt Romney, entram nas quatro semanas finais de campanha para a eleição de 6 de novembro com um olho no retrovisor e outro no mapa das pesquisas. A vitória de Romney no primeiro debate entre os dois, na última quarta-feira, seguida pela queda do desemprego para uma taxa inferior a 8%, anunciada dois dias depois, provocaram reflexões e ajustes de rumo no comando de ambas as campanhas. Os estrategistas se debruçam também sobre os números das sondagens: na sexta-feira, elas indicavam o crescimento do desafiante, embalado pelo debate, não apenas nas intenções de voto em escala nacional, mas também em três estados considerados indefinidos, e por isso mesmo decisivos para a sorte da disputa.
Não por acaso, o candidato republicano desembarcou com ímpeto renovado para uma série de comícios em um desses estados onde, segundo os últimos números, ultrapassou o presidente democrata ; por 49% a 47%. Com 29 votos no Colégio Eleitoral que escolhe o ocupante da Casa Branca, a Flórida é um dos mais importantes entre os chamados ;swing states;. No cálculo quase unânime dos especialistas, quando levam em conta o panorama estado a estado, Romney tem chances reduzidas de tomar o cargo de Obama sem vencer por lá. Questionado pelo campo adversário, que o acusa de ter escondido sua ;verdadeira face; no debate, o desafiante respondeu classificando os democratas de ;perdedores chorões;.