Jornal Correio Braziliense

Eleições Presidenciais EUA

Publicado nos EUA vídeo em que Romney critica eleitores democratas

Washington (EUA) - Um periódico dos Estados Unidos publicou esta segunda-feira (17/9) um vídeo feito com câmera escondida, no qual o candidato republicano Mitt Romney ironiza a mentalidade de "vítimas" dos eleitores democratas, provocando a reação imediata do comitê de campanha do presidente Barack Obama.

As imagens foram divulgadas na internet pela publicação de esquerda Mother Jones, que disse tê-las captado sem o consentimento de Romney, durante ato de arrecadação de fundos fechado à imprensa.

A data do filme não foi divulgada e só Romney é reconhecível. A autenticidade do material não pôde ser confirmada, mas a voz do orador parece ser a do republicano que disputará com Obama as presidenciais em 6 de novembro.

No ato, o orador aparece assegurando que "47% (dos americanos) votarão no presidente (Obama) aconteça o que acontecer. Há 47% que estão com ele, que dependem do governo, que pensam que são vítimas, que o governo deve tomar conta deles, que têm direito a ter cobertura de saúde, alimentação, teto, tudo aquilo que vocês quiserem".

Essa gente - continua Romney - pensa que "isto é algo que lhes é devido, que o governo deveria dar a eles. E votarão neste presidente aconteça o que acontecer. É gente que não paga impostos", disse, afirmando que não conseguirá convencê-los a votar nele próprio.

"Nunca conseguirei convencê-los de que devem assumir suas responsabilidades e pegar sua vida nas mãos", afirmou. A equipe de campanha de Romney não respondeu às ligações da AFP.

Já o comitê de campanha de Obama denunciou o candidato republicano. "É chocante que um candidato à presidência dos Estados Unidos diga, a portas fechadas e a um grupo de doadores ricos que a metade dos americanos se vê como ;vítima; (...) e não é capaz de ;pegar suas vidas nas mãos;", afirmou o diretor da campanha de Obama, Jim Messina. "É difícil que alguém que trata com desprezo metade do país seja presidente de todos os americanos", reforçou.