A primeira viagem internacional do desafiante republicano, Mitt Romney, na última semana, trouxe a política externa para o centro das atenções da corrida pela Casa Branca, mas deixou evidente que as diferenças entre ele e o presidente Barack Obama são mínimas, nesse tema. As posições de Romney e do democrata Barack Obama (veja ao lado) diferem principalmente na retórica. Mas, segundo analistas e institutos internacionais, a essência das ideias %u2014 preservar o papel global dos Estados Unidos como potência hegemônica %u2014 é a mesma no programa de ambos os candidatos.
Ao escolher Reino Unido, Israel e Polônia como destinos de sua primeira viagem como aspirante à Presidência, Romney tentou alcançar o público interno com críticas ao adversário, relacionadas ao tratamento dispensado aos principais aliados norte-americanos, com especial atenção ao Estado judeu. O candidato prometeu que não faria ataques ao governo dos EUA %u201Cem território estrangeiro%u201D, mas seus polêmicos comentários, além de provocar um grande mal-estar, pareciam ter como objetivo colocar na berlinda a atual administração. Em um deles, Romney se referiu a Jerusalém como capital de Israel, em contraste com o tratamento oficial das Nações Unidas e do próprio Departamento de Estado %u2014 sem falar nos termos em que Obama se pronunciou sobre o assunto. A maioria das embaixadas estrangeiras, inclusive a americana, está em Telavive.