A primeira mulher a comandar o Palácio do Planalto enfrentou a disputa mais dura desde que o PT chegou ao poder, 12 anos atrás. Dilma Rousseff deu menos espaço a propostas para um segundo mandato para priorizar os ataques aos adversários. Do outro lado, como principais armas, a oposição usou contra a economista, de 66 anos, o apelo pela alternância de poder e as denúncias de corrupção na gestão petista, especialmente o caso Petrobras.
[SAIBAMAIS]Para colocar Dilma à frente este ano, o PT teve de encarar uma situação inédita em relação às últimas eleições, quando ela e Lula viam apenas o PSDB como adversário mais ameaçador. A campanha precisou decidir quem seria o alvo no primeiro turno: Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB). A equipe se dividiu. O marqueteiro João Santana achava a ex-senadora mais perigosa na reta final. O presidente do PT, Rui Falcão, defendia que enfrentar o senador no segundo turno seria mais difícil. Para ele, as contradições de Marina impediriam sua chegada ao Planalto.
Na tentativa de estender seu primeiro cargo eletivo, Dilma preferiu Marina. Concentrou-se na desconstrução da ex-ministra do Meio Ambiente, que chegou a ultrapassar a petista nas sondagens, depois de ser projetada à disputa com a morte de Eduardo Campos, então candidato do PSB. A estratégia funcionou e, ironicamente, ajudou a dar impulso à arrancada de Aécio na chegada ao segundo turno. O PSDB voltou, então, a ser o principal rival. E mais competitivo do que nos pleitos anteriores. Aécio apareceu em empate técnico nas primeiras pesquisas.
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