Os ataques sofridos pelo juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, acusado por petistas de vazar depoimentos da Operação Lava-Jato no período eleitoral, foram repudiados por magistrados que lidam com o tema dos crimes financeiros. Ao apoiar Moro, eles explicam que todas as ações penais, em regra, no Brasil, são públicas.
Delação premiada
Ao contrário dos depoimentos ; em uma ação penal ; dados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef que irritaram o PT, as revelações feitas pelos dois na investigação baseada na colaboração premiada não podem ser divulgadas ainda, ressaltou o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp. Ele disse, ontem, que nem a CPI da Petrobras, por enquanto, pode ter acesso aos dados, pois ainda estão em processo de investigação, a serem confirmados pela polícia e pelo Ministério Público.
Somente depois que houver uma denúncia formal aceita pela Justiça é que as informações se tornarão acessíveis, como ocorreu com a ação penal que originou os ataques a Sérgio Moro. Dipp explicou que, pela primeira vez no país, um acordo de delação premiada está se dando no Supremo Tribunal Federal (STF) porque parte dos envolvidos é formada por agentes políticos com foro privilegiado.