São Paulo ; A presidente Dilma Rousseff (PT) negou ontem que a campanha passe por uma fase difícil, como disse na segunda-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. ;Não acho que a gente vive momento delicadíssimo nenhum;, discordou. Dilma também negou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja distante do processo eleitoral. ;Lula não está ausente, vivo falando com ele pelo telefone. Ele fez uma grande plenária recentemente. Eu e Lula vamos fazer muitas atividades juntos, podem ficar descansados. Ele vai participar ativamente na campanha;, garantiu.
A petista concedeu entrevista coletiva na tarde de ontem, antes do debate na tevê contra Aécio Neves (PSDB). Dilma fez questão de lembrar da derrota do tucano em Minas Gerais no primeiro turno. Sobre as gestões de Aécio no governo do estado, disse que ele deve explicar como o ;choque de gestão levou o estado à segunda maior dívida do país;. ;Eles foram obrigados a fazer um termo de ajustamento de gestão por falta de investimento na saúde e na educação;, cutucou.
No encontro com a imprensa, Dilma valorizou pontualmente os números alcançados pelos programas na área de educação, com o Ciência Sem Fronteiras e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). ;Nós duplicamos o acesso ao ensino universitário: saímos de 3 milhões e pouco para mais de 7 milhões de vagas;, ressaltou. Dilma também falou sobre o combate à corrupção, defendendo o fortalecimento das instituições para garantir ;o processo inteirinho: investigar, julgar e punir;. A presidente não comentou os resultados das pesquisas de intenção de voto, que mostram um empate técnico entre ela e Aécio. A presidente limitou-se a comentar que ;a grande pesquisa é a urna;.