Jornal Correio Braziliense

Eleições 2014

Candidatos discutem rumos do Pronatec e trocam farpas em debate

Na réplica, o clima ficou tenso quando Dilma relembrou que o desemprego no governo Fernando Henrique Cardoso alcançou números recordes em 2002

No primeiro embate do segundo turno realizado na noite nesta terça-feira, Dilma Rousseff (PT) destacou os feitos de seu governo com relação a educação. De acordo com a petista, o valor gasto na educação, da creche ao ensino superior, foi triplicado. Na ocasião, a candidata a reeleição citou o Pronatec, programa de educação profissional que, segundo Dilma, obteve mais de 8 milhões de inscritos.

[SAIBAMAIS]"Eu construí 208 escolas técnicas, simplesmente 1.600% a mais do que o governo FHC", disse. Sobre o programa educacional, Aécio Neves (PSDB), argumentou que é uma boa iniciativa, mas precisa ser aperfeiçoado e alfinetou: "Vocês se inspiraram nos programas que criamos em São Paulo e em Minas Gerais".

Na réplica, o clima ficou mais tenso quando Dilma relembrou que o desemprego no governo Fernando Henrique Cardoso alcançou números recordes em 2002. Em defesa, Aécio foi enfático ao dizer: "Candidata, precioso que você tire os olhos do retrovisor, vamos olhar para o futuro, crescer mais". O tucano fez mais ataques alegando que o Brasil não crescerá "nada" este ano e citou a falta de confiança dos empresários. "O seu governo chega ao final de forma melancólica", finalizou.

As denúncias de corrupção esquentaram o clima do debate. Aécio Neves afirmou que Dilma só mostrou indignação sobre o vazamento do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e não sobre o conteúdo. Segundo Costa, o PT, PMDB e PP dividiam propina de 3% do valor de contratos firmados com 13 empresas. Dilma rebateu, dizendo que sempre defendeu a apuração de todas as denúncias de irregularidades e que no governo petista foram aprovadas as leis da delação premiada e outra que garante a independência dos delegados para investigarem. A petista disse também que vários escândalos como a compra de votos para a aprovação da emenda que previa a reeleição e o mensalão tucano não foi investigado e ninguém foi preso. Aécio foi enfático: ;não queira nos igualar candidata;.

Colaborou Isabella Souto e Flávia Ayer