O PSol divulgou nota, na tarde desta quarta-feira (8/10), declarando neutralidade no segundo turno. No texto, o partido explica que entende que Aécio Neves, o PSDB e aliados são "os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina". De acordo com a legenda, os tucanos governam baseados na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, o que significaria um retrocesso. "Assim, recomendamos que os eleitores do PSol não votem em Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais. Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura", completa.
[SAIBAMAIS]
A presidente Dilma Rousseff e o PT também são criticados. O PSol afirma que a candidata petista está longe do desejo de mudança apresentado nas manifestações de junho de 2013. "Seu governo atuou contra as bandeiras mais destacadas de nossa campanha, como a taxação das grandes fortunas, fim do fator previdenciário, a criminalização da homofobia e a defesa do casamento civil igualitário, uma nova política de segurança pública que acabe com a ;guerra às drogas; e defenda os direitos humanos, a democratização radical dos meios de comunicação", enumerou, entre outros pontos. A nota conclui que, caso Dilma vença o segundo turno do pleito, permanecerá como oposição.
Com título "Dilma não nos representa. Nenhum voto em Aécio", o partido também alfinetou a candidata do PSB, terceira colocada na disputa presidencial. "A provável capitulação de Marina Silva à candidatura tucana demonstra a sua incapacidade de representar legitimamente o desejo de mudanças expresso nas ruas e comprova que a ;nova política; não pode ser um atributo daqueles que aderem tão rapidamente ao retrocesso", disse.
A partir destas considerações, o PSol orienta seus militantes a tomarem as próprias decisões. No texto, o partido também comemora os resultados obtidos no dia 5 deste mês e os 1,6 milhões de votos conquistados nas urnas.