postado em 05/10/2014 13:46
Cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção enfrentaram problemas para votar no Unicesp, na QE 11 do Guará 1. O elevador quebrado impediu que muitos eleitores chegassem às suas sessões. Quem não tinha condições de subir pelas escadas recebeu duas opções: aceitar ajuda ou permitir que, na ata da sessão, fosse incluído que o indivíduo foi impossibilitado de votar por falta de estruturas de acessibilidade e que não aceitou ajuda para chegar ao local de votação.
Por volta das 14h, cerca de cinco cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção aguardavam no local. Elione Aparecida Bechepethe, 68 anos, aceitou ajuda após 3 horas de espera. A aposentada chegou à zona eleitoral às 10h e descobriu que a sessão que deveria ir ficava no terceiro andar do prédio. Com problemas pulmonares e na coluna (Elione tem a 17ª vértebra da coluna cervical quebrada), ela demorou a se convencer a aceitar ajuda. "Aceitei por vontade de votar", comentou. Ela foi colocada em uma cadeira de rodas, emprestada de um cadeirante, e carregada pelas escadas. Muitos cadeirantes, contudo, recusaram a ajuda. Vergonha, medo e indignação por terem o direito de votar impossibilitado foram os principais argumentos.
Na mesma zona eleitoral, outra eleitora foi impedida de votar, mas não por conta da falta de elevador. Quando a secretária Patrícia Estrela Dias, 36 anos, se identificou ao mesário, o sistema indicou que ela já teria votado. Ela foi orientada pelos mesários a procurar o TSE para justificar o voto, como se ela não tivesse comparecido.