Jornal Correio Braziliense

Eleições 2014

A chance do PT no comando de Minas Gerais

Depois de 12 anos sob o poder do PSDB e aliados, Minas Gerais pdde assistir à eleição de um petista para governador. Pesquisas de intenção de voto apontam vitória em primeiro turno de Fernando Pimentel (PT)

As eleições em Minas Gerais devem ser definidas hoje com uma grande reviravolta. Caso as pesquisas se confirmem, o PT pode, pela primeira vez, governar o estado. Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas está há 12 anos sob o poder do PSDB e aliados. O candidato do PT, o ex-ministro Fernando Pimentel, aparece nos levantamentos à frente dos concorrentes. Na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem, o petista aparece com 54% dos votos válidos. Segundo colocado na corrida, Pimenta da Veiga (PDSB) tem 37% da preferência, descartados votos em brancos e nulos, e os indecisos. Em terceiro lugar, Tarcísio Delgado (PSB) aparece com apenas 4%. Nos últimos 16 anos, as eleições ao governo de Minas são definidas na primeira ida da população às urnas.

Pimentel foi prefeito de Belo Horizonte de 2006 a 2008 e apoiou a candidatura de Márcio Lacerda (PSB) em 2010. Em 2012, no entanto, quando Lacerda tentou a reeleição, o PT teve candidato próprio à prefeitura. Pimentel sempre usou a prefeitura para conquistar popularidade e chegar ao governo, que já perdeu em outras eleições para Aécio Neves e Antonio Anastasia (PSDB). De 2011 até fevereiro deste ano, o petista foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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O professor da Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-MG) Malco Camargos comenta que a mudança na preferência do eleitorado é resultado, entre outros fatores, da escolha de um nome fraco escolhido pelo PSDB. Em 2010, o substituto de Aécio Neves foi Anastasia, que era vice-governador. Pimenta da Veiga estava desde 1998, quando tentou eleger-se deputado federal, sem concorrer a cargos eletivos. ;Aécio foi ousado na escolha, pegando um homem fora do espectro político achando que fosse ter força e poder. E Pimenta foi alguém que não deu conta de suportar o perfil técnico de Pimentel;, analisa.

Camargos avalia também que Pimenta teve um comportamento aquém do esperado, mantendo um distanciamento em relação à política mineira e aparecendo menos na memória do eleitor. ;Apesar de ele não ser muito mais velho que Pimentel, tudo que se pensa dele é de ;20 anos antes do Pimentel;. Mesmo não sendo na prática, ficou para o eleitor a ideia do velho contra o novo;, opina.



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