Para avançar e entrar no ensino médio, mudou de cidade. Iniciou o ginásio ; ensino médio nos dias atuais ; em Muriaé (MG). Concluiu o primeiro ano e partiu para o Rio de Janeiro. Entrou no Ginásio Nilo Peçanha, em Niterói, e concluiu os dois últimos anos. Fez um preparatório para o vestibular e foi aprovado, em 1973, em psicologia na então Universidade do Estado da Guanabara.
[SAIBAMAIS]Na faculdade, fez concurso público para o então Ministério da Previdência e Assistência Social. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. ;Por necessidades profissionais, iniciei uma pós-graduação em uma área específica da psicologia: atendimento à criança e ao adolescente;, conta Toninho. A especialização durou um ano.
Em 1986, decidiu fazer um curso da Universidade Legislativa (Unilegis), em um convênio com a Universidade Federal do Mato Grosso, quando recebeu o título de especialista em ciência política. Já estava em Brasília e lembra que havia entrado na militância política 11 anos antes. Nesse período, fala com orgulho do dia em que fundou o PT. ;Em 10 de fevereiro de 1980, assinei o livro de fundação do Partido dos Trabalhadores, em um colégio de São Paulo;, lembra. (Manoela Alcântara e Arthur Paganini)
Voz calma, discurso radical
A única mulher candidata ao GDF não tem nenhuma restrição em se definir como radical ou polêmica se o assunto é a defesa da causa operária. O discurso de Perci Marrara ; nome eleitoral adotado por Percilliane Marrara Silva ; vem desde o início da militância estudantil. Nascida na capital, ela estudou na Escola Adventista de Planaltina, no Centro Educacional Rio Branco e no Colégio La Salle de Sobradinho. ;Sempre gostei de ciências humanas, eu me dava melhor nessas matérias;, lembra a candidata do PCO, que tentou concorrer em 2006, mas teve a candidatura indeferida por problemas na documentação.
Com 17 anos, entrou no Iesb para cursar jornalismo. Jovem ; fará 33 anos em 25 de outubro ;, apostou, durante a campanha, na panfletagem e no contato direto com o eleitor. Com pouco dinheiro para a corrida, teve a internet como principal meio de comunicação. Perci utilizou redes sociais para falar com os cidadãos, tirar dúvidas e pedir votos. Nada de discursos com a voz alta, brados e gestos largos. A moradora de Planaltina tem a fala calma, mas firme. Foi assim, em um debate na UnB, que explicou o objetivo de entrar na corrida eleitoral: ;Não vendemos a ilusão de que poderíamos vencer uma eleição com as regras atuais. Nossa preocupação é em destacar que o controle do Estado deve ser feito pela população e em sua função;. (Kelly Almeida)