Por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Google retirou do ar um vídeo do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, criticando a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). Nas imagens, que passaram a ser divulgadas pelo canal de vídeos Youtube e pelo sistema de troca de mensagens instantâneas Whataspp, o evangélico reclama das declarações da presidente na Organização das Nações Unidas (ONU), quando condenou os bombardeios ao Estado Islâmico, no Oriente Médio.
[SAIBAMAIS]Segundo o ministro Herman Benjamin, as afirmações do pastor foram feitas com ;distorção ou infidelidade proposital;.
No vídeo, Malafaia disse que Dilma estava ;equivocada; e disse que a fala da presidente era ;ambígua;. ;O Estado Islâmico não é uma nação, é um grupo terrorista dos mais cruéis que assassinam cristãos;, afirmou. ;Com terrorista assassino não tem diálogo;. Dilma havia condenado os bombardeios e defendeu diálogo: ;Vocês acreditam que bombardear o Isis resolve o problema? Se resolvesse, estaria resolvido no Iraque;, comparou. ;A gente querer simplesmente bombardeando o Isis dizer que você resolve, porque o diálogo não dá. Eu acho que não dá, também, só o bombardeio, porque o bombardeio não leva a consequências de paz.; O vídeo de Malafaia era recheado de cenas de violência do Estado Islâmico com aparições do pastor e informações sobre perseguição a cristãos no Oriente Médio.
Mas para o ministro do TSE, as críticas de Malafaia uniam violência com ;um discurso em que se atribui ao candidato criticado aquilo que ele não disse;.
Hoje, Malafaia criticou o TSE e chamou a decisão de censura. ;Tiraram o vídeo do ar, mas não conseguem apagar a verdade;, disse ele na rede social Twitter. ;Dilma propôs diálogo com terroristas assassinos de cristãos. Uma afronta! Vergonha!”
Ele defendeu o voto em candidatos de oposição a Dilma, mencionando Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB).