A candidata do PSOL, Luciana Genro, aproveitou o final do primeiro bloco do debate presidencial da Rede Record de televisão para apontar recuos e supostas incoerências na candidatura da presidenciável Marina Silva (PSB). ;Como é que você vai fazer uma nova política com esses aliados?;, disse Luciana, referindo-se aos setores do mercado financeiro que apoiam a candidatura de Marina.
[SAIBAMAIS];Você precisa entender o que é a nova política. A nova política não é um monopólio da esquerda. Não é um monopólio também da direita. Aliás a nova política, ela é praticada pela sociedade. Esse discurso de que existe um grupo que é o supremo bem, e o outro que é o supremo mal, é uma visão autoritária do mundo;, respondeu Marina. A candidata também caracterizou a nova política como um "ativismo autoral", que não seria mais "dirigido pelo partido, pelo sindicato, pela liderança carismática, pela UNE, pelo DCE".
Na réplica, Luciana Genro repetiu argumentos usados por Dilma Rousseff (PT) e por Aécio Neves (PSDB) contra Marina. ;A nova política da Marina é assim: ela recebe a pressão do agronegócio, cede, e diz que nunca foi contra os transgênicos. Vem a pressão dos banqueiros, ela cede, dizendo que vai dar autonomia para o Banco Central. A pressão dos reacionários (...) ela cede, e joga na lata do lixo o seu programa de defesa dos direitos LGBT. A nova política dela é mais velha que a história;, acusou Luciana.