Quem mora em Brasília já pode ter esbarrado com o próximo presidente do Brasil em situações nem um pouco oficiais. Nas horas de lazer, os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas gostam de fazer programas corriqueiros, esportivos e gastronômicos em endereços tradicionais da capital. Antes de assumir o Palácio do Planalto, Dilma Rousseff (PT), por exemplo, era assídua de um salão de beleza no Setor Hoteleiro Norte. Desde que era senadora, a candidata Marina Silva (PSB), 56 anos, tem o costume de comprar pão integral em uma padaria na Asa Sul. Já faz dois anos que o senador Aécio Neves (PSDB), 54 anos, aproveita para malhar em uma academia no Lago Sul, às terças e quartas, logo após as sessões do Congresso. Apesar de ser o mais novo dos candidatos, o tucano é quem tem mais longa vivência em Brasília, 30 anos. A ambientalista mora na cidade há 20 e Dilma, há 12, desde o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os três estão longe de aproveitar a cidade com a mesma intensidade do general João Baptista Figueiredo (1918-1999) durante o seu mandato (1979-1985) no regime militar. Além de fugir diversas vezes da segurança para andar de moto, há relatos de que o presidente saía com o próprio carro para levar uma namoradinha à matinê. Na era das redes sociais e smartphones, em que a privacidade dos políticos está suscetível a um pedido de selfie ou a um clique indesejado, os candidatos são reservados em contraste ao general. Contudo, o Correio conferiu que os presidenciáveis também sabem desfrutar Brasília fora do circuito do Poder.
No salão da Conceição
;Conceiçãooo, eu me lembro muito bem;, cantava Dilma Rousseff com voz rouca à la Cauby Peixoto, em homenagem à manicure mais antiga de um salão no Setor Hoteleiro Norte. Conceição Calixto, 57 anos, conta que era a única a ter aprovação para lixar e cortar as unhas das mãos e dos pés da atual presidente. ;Ela gosta de gente que tem firmeza para trabalhar.;
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