Jornal Correio Braziliense

Eleições 2014

Debate entre candidatos do GDF tem troca de acusações e poucas propostas

O candidato Rollemberg, que lidera as pesquisas, foi atacado várias vezes. Frejat cobrou menos brigas e mais posicionamento sobre as propostas

Os candidatos ao Governo do Distrito Federal se reuniram, nesta sexta-feira (26/9), para um debate no Memorial JK. O primeiro bloco foi de perguntas entre os candidatos. No entanto, em vez de falarem sobre as propostas, trocaram farpas, referindo-se principalmente a Rollemberg, que lidera a corrida no DF. "Faço um alerta, caso algum deles vença as eleições, será igual na época de Roriz", disse Toninho do PSol.

O atual governador do DF, Agnelo Queiroz, alfinetou o candidato do PSB e disse que ele "tenta passar a visão de novo, mas na verdade é antigo". Em seguida, foi a vez de Frejat, que afirmou que Rollemberg" entrou [no serviço público] pela janela". Pitiman, por sua vez, disse que "no serviço público não dá para os apadrinhados estarem presentes. E parece que o passado de Rollemberg tem isso lá no Senado."

Segundo bloco
O segundo bloco teve a mesma dinâmica do primeiro, perguntas entre candidatos. Dessa vez, algumas propostas surgiram entre os candidatos, mas não faltou a troca de farpas. Agnelo citou os investimentos que fez na cidade, entre criação de creches, pavimentação e meio-ambiente. "Posso falar de escola com autoridade de quem fez. Ampliei a educação universitária", disse.

Rollemberg defendeu, mais uma vez, que vai trazer o novo. "Combater a burocracia e a corrupção. Não vamos repetir nem o passado nem o presente. Vamos criar um momento novo". Sobre a política habitacional, o candidato disse que não vai admitir politicagem e que vai "regularizar todas as ocupações do DF".

Toninho do PSol criticou Rollemberg e disse que "pesquisas de intenção de votos não podem subir a cabeça". Sobre habitação, o candidato afirmou que vai alcançar as família de baixas renda em uma mudança de "curto prazo".

Frejat foi questionado sobre o trânsito de Brasília. Disse que vai promover mudanças na saída norte, EPTG e vai continuar a ampliação do metrô. Quando falaram de Luiz Estevão, Frejat se exaltou e disse: "Não vamos ficar discutindo isso! Parece briga de casal, como Agnelo e Rollemberg".

Pitman criticou o grande número de secretarias do governo atual e pediu o apoio do eleitorado. "Você que está em casa, conte comigo. Acordo cedo, durmo tarde e sou muito dedicado ao que faço.

Terceiro bloco
Durante o terceiro bloco do debate, nesta sexta-feira (26/9), jornalistas fizeram perguntas aos candidatos. A primeira pergunta foi dirigida a Frejat sobre Flávia Arruda, vice na chapa. Segundo o candidato, ela foi convidada por ele e não há nenhum problema nisso. "Quem vai mandar no meu governo sou eu. Só tem uma pessoa que manda em mim, em casa, que é minha mulher"

Rollemberg foi questionado sobre segurança e combate às drogas. O jornalista que fez a pergunta lembrou que o candidato disse que usou maconha quando jovem. "Vamos cumprir a lei. Quero esclarecer que fiz isso quando era mais novo. Queremos um juventude saudável, com empregos. Vamos construir escolas técnicas, ampliar o acesso à internet", afirmou.

Para o candidato Agnelo, a pergunta foi sobre a rejeição do eleitorado. No entanto, Queiroz não respondeu e falou sobre saúde. "Eu fiz muito, mas não fiz publicidade".

Para Pitiman, a pergunta foi sobre segurança pública. "A cidade precisa de uma polícia comunitária, aquela que vai conhecer o nome de cada um que mora na quadra. Se for necessário, criaremos um batalhão. Precisamos resolver os problemas"

Toninho do PSol respondeu sobre a volta das vans para fortalecer o transporte público. "Apoio todas as formas de trabalho honesto", disse. Segundo o candidato, esse tipo de transporte deve estar nas cidades do DF.

Quarto bloco
quarto bloco teve mais trocas de acusações. Rollemberg insistiu que houve um apagão de obras no governo de Agnelo, que revidou dizendo que fez "mais de 5 mil obras e num site estou apontando onde são essas obras, entre escolas, creches e UPAs". O candidato do PSB afirmou que "só quem acredita na propaganda enganosa do seu governo, é você mesmo, Agnelo". Por outro lado, Agnelo disse que "se há um apagão, é o do Rodrigo no senado. Não fez nada pela cidade".

Agnelo questionou Frejat sobre a proibição de atendimento nos hospitais na área da saúde à população do entorno. "Isso não é verdade. Não tem fundamento, pois fomos nós que criamos quase todo esse sistema de saúde.

Frejat perguntou a Toninho do PSOL sobre dívidas do governo com fornecedores e servidores. "Claro que garantir o pagamento dos servidores e dos fornecedores. Quero instaurar auditorias nas contas do governo", disse Toninho.

A pergunta para Pitiman foi sobre a gestão do estado. "O estado não deve ser mínimo nem máximo. Deve ser o necessário para servir o povo. Sempre confundiram a coisa pública com a privada. Queremos governar gerando empregos na iniciativa privada".

Rollemberg respondeu sobre a saúde pública e disse que o "apagão de gestão" também foi nessa área. "Vamos investir na prevenção", afirmou o candidato.