Jornal Correio Braziliense

Eleições 2014

Sem poder ir às urnas nas eleições, crianças e jovens já abrigam sonhos para o país

Ligados a tudo que acontece nas eleições, a nova geração têm opinião sobre o que é certo e o que é errado

Eles não podem ir às urnas nas próximas eleições, mas já abrigam muitos sonhos para futuro do país. Ligados à internet e à televisão, as crianças também ficam atentas ao mundo da política e têm opiniões sobre o que está certo e o que precisa mudar. Mariana Mônaco tem apenas 13 anos, mas se encaixa entre os mais engajados da nova geração. A estudante do Colégio Sagrado Coração de Maria e moradora da Asa Norte conta que costuma assistir ao horário eleitoral. ;Eles prometem muito e não cumprem nada. Seria bom que investissem mais em lazer e cultura, na construção de parques, praças e museus;, comenta.

Outros colegas de Mariana pensam parecido. ;Acho que a mentalidade dos governantes precisa ser renovada. Eles precisam se concentrar em combater a desigualdade social, investindo em educação e geração de emprego;, argumenta Arthur Giesbrecht, 13, morador da Asa Norte. Para o aluno Gabriel Menezes, 12, a chave é votar com consciência. ;Os eleitores devem avaliar bem cada candidato e não votar nulo, porque isso não trará mudança.;

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Para lidar com as inquietações das crianças a respeito de política, é importante que pais e professores abordem o assunto e ajudem a tirar as dúvidas. A personal trainer Laura Biato, 40, mãe de Felipe Lopes, 12, procura responder com cuidado às perguntas do filho. ;Um dia desses, ele me perguntou em quem eu votaria. Eu disse que o essencial é entender todos os lados e analisar bem as propostas de cada candidato;, relata a moradora da Asa Norte. A professora Delma Carvalho, do CEF 407 Norte, recomenda ações similares. ;A maioria dos estudantes tem uma visão muito negativa a respeito da política. Para que não fiquem descrentes, é importante conscientizá-los sobre o exercício da cidadania.;

Para despertar esse sentimento de cidadania nos mais novos, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) antecipou a experiência de votar para estudantes do Maristinha, na Asa Sul. O órgão disponibilizou três urnas eletrônicas idênticas àquelas que vão ser usadas em 5 de outubro. Na atividade, cerca 320 crianças participaram da simulação. Para muitos, o contato com as eleições já é diário. ;A gente vê o programa eleitoral passando na tevê todo dia. E as placas na rua também. As pessoas lá em casa conversam sobre os candidatos;, revela Geovana Calazans, 12. Contudo, a sensação de operar a urna foi a primeira da estudante do sétimo ano. ;Eu gostei muito. A gente poderia votar mais vezes.;

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