Tradição e requinte são as marcas do Iate Clube de Brasília. Fundado em 5 de abril de 1960, a história do clube se confunde com a da cidade. O então presidente Juscelino Kubitschek se referia ao espaço como sendo ;a sala de visitas da nova capital;.
A cidade ainda era um canteiro de obras e tinha como um dos poucos espaços de convivência e lazer o Iate. Era o ponto de encontro para familiares e amigos vindos de várias partes do país em busca de um sonho. E essa essência perdura até hoje entre os sócios.
;Assim que o clube inaugurou, fez o maior sucesso na cidade, era um espaço em que as pessoas vinham se divertir e fazer amigos. Uma novidade para os candangos;, destaca o comodoro do clube e associado desde 12 de janeiro de 1990, Rudi Finger, 68 anos. Naquela época, eram poucos os espaços para atividades: apenas grama, um ginásio, uma piscina e a famosa náutica, que mantém a tradição dos passeios de barco.
Vinte e três churrasqueiras também compõem o local, ideal para quem curte desfrutar um fim de semana tranquilo, independentemente da estação do ano, além de curtir a bela vista do Lago Paranoá. Crianças e idosos não ficam de fora; há um ambiente específico para eles. O Complexo Infantil dispõe de um parque aquático, brinquedoteca e sala de jogos. O Encontro Master do Iate Clube de Brasília (Emiate) disponibiliza, por exemplo, aulas de violão para os idosos.
As festas de réveillon e junina estão entre os maiores e mais tradicionais da cidade. Além dessas datas, outras comemorações de destaque são o Iate in Concert e o Luau do Iate. A gastronomia também tem sido o forte do espaço. Em fevereiro deste ano, por exemplo, foram inaugurados três novos restaurantes com especialidades distintas: italiano, português e brasileiro. Agora são 13 casas que destaca a diversidade gourmet da cidade.
Diariamente, o Iate recebe mais de mil sócios e dependentes. Entre eles, estão autoridades, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), juízes, empresários, funcionários públicos e até o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. No decorrer dessa história, grandes nomes da música passaram pelos palcos do clube, como as bandas Jota Quest (2013), Paralamas do Sucesso (2014), Skank (2015), Titãs (2016), Capital Inicial (2017), Biquini Cavadão e o maestro João Carlos Martins.
Segunda casa
Francisco gosta de falar sobre momentos bons que viveu. ;Durante minha trajetória aqui, fiz muitos amigos. Esse é um trabalho maravilhoso;, conta. ;Lembro-me dos carnavais aqui. São muito bons, familiares. É uma grande festa;.
O fonoaudiólogo Luciano Ponte, 40, frequenta o clube desde os 5 anos. O pai, Paulo de Oliveira, 72, e a mãe, Maria Conceição, 68, se associaram em 1984. ;Quando eu era pequeno, jogava muito futebol de salão. Aos 15 anos, iniciei com o futevôlei e tomei gosto pelo esporte;.
A empresária Ângela Marques, 47, se associou ao clube em 2009. Desde então, o Iate faz parte da agenda diária. O período da manhã de Ângela é puro relaxamento. Após praticar musculação na academia, faz massagens oferecida pelo SPA. À tarde, chega a vez das crianças curtirem. ;Meu filho de 14 anos pratica tênis e tenho uma pequena de 10 anos que faz patinação. Os dois são profissionais;, brinca.
De acordo com Ângela, o Iate é o lugar certo para reunir e envolver a família. ;Acaba que todos os parentes não ficam parados. Sempre tem alguma atividade para fazer. Como moramos em apartamento, em uma área pequena, considero aqui o nosso quintal;, diz ela.
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O começo
A história do Iate Clube de Brasília está ligada à construção da cidade. Quando a nova capital do
país saía do papel, o clube também nascia. Em 12 de setembro de 1959, dia do aniversário de Juscelino Kubitschek, 11 pioneiros se reuniram na Sede Social do clube Paranoá ; antiga Novacap, hoje Candangolândia ; com o propósito de fundar o Iate Clube de Brasília.
Como se associar
Por meio de compra de títulos de um sócio. O valor varia entre R$ 40 mil e R$ 70 mil.
O clube
Área: 150 mil metros quadrados
Número de sócios: 3.600
Idade: 59 anos
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*Estagiária sob supervisão de José Carlos Vieira