Depois do Cordão da Bola Preta e de tantos outros blocos de rua que arrastaram multidões pelas ruas do Rio de Janeiro, as atenções, hoje, se voltam para a Marquês de Sapucaí. A escola de samba Inocentes de Belford Roxo, estreante no Grupo Especial, será a primeira a pisar na avenida, por volta das 21h. Com enredo em homenagem à Coreia do Sul, a agremiação promete levar tecnologia e modernidade ao sambódromo, que, novamente, vai receber muitas celebridades nacionais e internacionais, como o ator americano Will Smith e a socialite Kim Kardashian.
A expectativa, mais uma vez, fica por conta das novidades que as grandes escolas do Rio prometem levar para a avenida e arrebatar as arquibancadas. A campeã do ano passado, a Unidos da Tijuca ; famosa pelas alegorias surpreendentes ; vem este ano com um enredo sobre a Alemanha. Inspirada no mitológico deus Thor, a agremiação faz mistério, mas vai mostrar um raio que cruzará toda a avenida, foguetes e um carro alegórico com som próprio. Um dos principais destaques da escola da zona norte é a atriz Juliana Alves.
Muita emoção também promete a Portela, a escola com mais títulos do carnaval carioca, que encerrará a primeira noite de desfiles, já na madrugada de domingo. Ao homenagear o bairro de Madureira ; onde fica a quadra da escola ; e seu mais importante baluarte, o compositor Paulinho da Viola, a azul e branco do subúrbio aposta no samba-enredo para levantar o público.
Outra agremiação que sempre surpreende, seja pela criatividade das alegorias, seja pela vibração da famosa bateria ; conhecida como Furiosa ;, a Acadêmicos do Salgueiro falará da busca pela fama ao longo da história da humanidade. Um dos maiores carros programados remete ao costume da mumificação no Egito Antigo com o objetivo de conquistar notoriedade e fama. A funkeira Valeska Popozuda desfilará na escola.
Guitarras e bateria
Consideradas um espetáculo à parte, as baterias das escolas de samba sempre guardam grandes surpresas a cada carnaval. Ano passado, a Estação Primeira de Mangueira empolgou a avenida com a maior paradinha da história do sambódromo. Numa operação arriscada, a verde e rosa manteve apenas a voz dos foliões cantando o samba por mais de dois minutos. A paradona, como a ousadia acabou batizada, foi repetida várias vezes ao longo da apresentação. Este ano, a agremiação trará duas baterias ; uma verde e outra rosa, que vão se revezar durante o refrão.
A Portela decidiu unir o charme (uma variação mais melódica do funk) ao samba, para homenagear os bailes populares que reúnem centenas de pessoas embaixo de um viaduto em Madureira. Pode haver até a presença de um DJ ao lado dos ritmistas.
Já a Mocidade Independente de Padre Miguel promete misturar, em plena avenida, a batida do samba com as notas distorcidas das guitarras do rock. Tudo para dar alma ao enredo sobre o festival Rock In Rio.