Há 33 anos, o Pacotão, bloco mais tradicional de Brasília, concentra os foliões que querem comemorar o carnaval de maneira irreverente. Com sátiras políticas, marchinhas, caricaturas e alas improvisadas, o bloco reuniu cerca de 2 mil pessoas este ano. A presidente Dilma Rousseff é uma das principais figuras políticas ironizadas pelo bloco.
Pouco depois do horário marcado, 15h, o Pacotão tomou a W3 na contramão, como de costume, rumo à 504 Sul, primeira parada antes do destino final, o espaço Gran Folia, na Esplanada dos Ministérios. "Eu venho aqui há 20 anos e gosto porque é um espaço democrático, a gente vê de tudo", explica o autônomo Pedro Alexandre Nunes, 51 anos.
A esposa de Pedro, que o acompanha há 13 anos no bloco, diz que prefere ficar por Brasília no carnaval. "Não gosto da muvuca que a gente vê no Rio e em Salvador", defende Graça Gomes, 50, professora.
E, como é tradicional, o tom político domina a caracterização dos quase 2 mil foliões que participam da brincadeira, puxados por um trio elétrico. Atualizados com os escândalos da capital, a principal referência é a fita que mostra Jaqueline Roriz recebendo dinheiro de Durval Barbosa. Os dizeres são: tal pai, tal filha.
Para garantir a segurança, são 89 PMs policiais, 19 tomando conta do trânsito no trajeto, 11 deles em motocicletas.
Com informações da Agência Brasil