[SAIBAMAIS]Nada de samba no pé. No último dia de carnaval em Brasília, o tradicional bloco de rua Baratona e os Raparigueiros apostaram nas músicas baianas. A cadência do samba foi substituída pela coreografia do axé. ;Amassando a latinha, eu vou pro baile procurar o meu negão, sem essa de beijinho, sem essa de abraço;, dizia um dos refrões. Comandada pelo DJ Marcinho, a folia correu solta no Eixão Sul da cidade, com o trio elétrico da Baratona competindo com o dos Raparigueiros.
Bem antes do grito do último dia de carnaval, os foliões já se preparavam para a festa. Pouco a pouco, o espaço de cerca de 500 metros entre os dois trios foi sendo preenchido pelos vendedores ambulantes e o povo que ia dançar. Pouca gente se preocupou com a fantasia. O que predominou foi o abadá dos dois blocos. O dos Raparigueiros estava sendo vendido a R$ 15. A camiseta mais barata era a da Baratona. Por R$ 10, o folião conseguia uma e a garantia de que, com ela, a latinha de cerveja saía por R$ 1.
Com os trios elétricos animando a brincadeira, os foliões eram incentivados a caminhar por todo o eixão até chegar ao Gran Folia, um grande espaço armado ao lado da Rodoviária de Brasília. Lá, iriam se encontrar, tarde da noite, todos os blocos de rua da cidade.
Baratinha
Foi com cara de quero mais que a criançada brincou a valer na Baratinha, o bloco de carnaval infantil da cidade. Como no domingo, o espaço escolhido para a folia da garotada foi o parquinho Ana Lídia, no Parque da Cidade. Lá, as músicas eram as antigas marchinhas de carnaval, mais cantadas pelos pais do que pelos pequenos.
Natália Rodrigues, 2 anos, estava mais preocupada em comer a guloseima do que dançar. Com saia de bolinha, blusa da Baratinha e orelhinha de coração, era só alegria ao lado da mãe, Francisca Rodrigues da Silva. Muitas crianças preferiram ficar no pula-pula, no escorregador e jogar futebol no campo inflável a pular o carnaval.
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