Jornal Correio Braziliense

Carnaval 2010

Blocos cariocas levam 1 milhão ao centro da cidade

Nas últimas duas décadas, a folia de rua sempre esteve ligada a Salvador, mas blocos cariocas chegaram a levar 1 milhão ao centro da cidade

Até o início dos anos 1990, o Rio de Janeiro não tinha adversários na maior festa popular do país. O tradicional desfile das escolas de samba atraía turistas estrangeiros e de outros estados do país sem que se contestasse a supremacia do Rio. Foi nessa mesma época que a axé music e os trios elétricos de Salvador começaram a ganhar corpo e a rivalizar com os cariocas. Com a chegada dos anos 2000, a folia dos baianos ganhou ares de superprodução e consolidou-se como o maior carnaval de rua do Brasil. Mas uma tradição adormecida entre os cariocas mostrou sua força este ano. O carnaval longe da Marquês de Sapucaí reuniu milhares de pessoas em blocos como o Simpatia é Quase Amor e o Cordão do Boitatá. No sábado, o Cordão da Bola Preta, tradicional bloco do carnaval carioca, arrastou mais de 1 milhão de foliões pelas ruas do centro do Rio. Sob o tema ;Samba e Futebol;, em homenagem à Copa do Mundo, o desfile teve como novidade o trio elétrico Gladiador, ironicamente trazido da Bahia para o evento. Ontem, o carnaval de rua do carioca teve dois dos mais badalados blocos da nova geração, o Cordão do Boitatá e o Bangalafumenga. À tarde, o movimento foi grande em Ipanema, com o 25; desfile do tradicional Simpatia é Quase Amor. Outra vez sucesso de público: os organizadores estimam que 60 mil pessoas acompanharam a festa. <--
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União da Ilha abre os trabalhos<--
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Depois de oito anos na ;segunda divisão; do carnaval carioca, a União da Ilha retornou ao Grupo Especial com a missão de abrir a noite de desfiles na Marquês de Sapucaí. Conhecida como tricolor da Ilha do Governador, a escola investiu pesado este ano, apostando na força do enredo Dom Quixote de La Mancha, o cavaleiro das causas impossíveis. Dom Quixote, claro, estava espalhado por diversos setores da escola, como no abre-alas e na alegoria que trouxe réplicas das obras do pintor brasileiro Cândido Portinari. Um dos destaques foi a atriz Letícia Spiller, que teve importante função no desfile da escola carioca, fazendo o papel da camponesa Dulcinéia em uma das alas. A moça saiu no chão, e não em carro alegórico, assim como fizeram a dupla de atores Rodrigo Santoro e Marcelo Serrado, a rainha de bateria, Bruna Bruno (foto) , e a madrinha, Luciana Picorelli ; as duas chegaram a brigar durante os ensaios pré-carnavalescos, mas prometeram clima de paz. <--
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