Marina Adorno - Especial para o Correio
postado em 21/04/2016 14:30
O ronco das motos tem um significado especial para Hélio, 54 anos; Vânia, 41; e Bruno de Azevedo, 32. A admiração pelos veículos de duas rodas une ainda mais pai, mãe e filho. Até a shih tzu de estimação da família, Cristal, tem capacete. O casal se conheceu há 33 anos em uma discoteca, no tradicional Clube dos Previdenciários. Na época, Hélio já nutria o hobby e era proprietário de uma motocicleta ; ganhou a primeira antes mesmo de ter a carteira de habilitação. Com a convivência, Vânia também começou a admirar a paixão do marido.
[SAIBAMAIS];Hélio é fanático por moto. Eu não piloto nem tenho vontade, mas gosto de fazer companhia a ele e andar na garupa;, afirma a mulher.Hélio herdou o gosto pelas motos do pai. ;Ele tinha uma vespa e eu sempre andava na garupa. Nunca esqueci a sensação;, relembra Hélio. E a história se repetiu. O filho, Bruno, herdou dele o mesmo gosto. ;Eu me lembro do meu pai me levando para a natação na moto, quando eu era pequeno. Depois, comecei a frequentar os encontros de moto com ele. Desde que me entendo por gente, compartilho dessa paixão.;
Na opinião de Hélio, a comunidade de motociclistas em Brasília é muito ativa. ;Toda terça-feira tem encontro na Torre de TV; toda quarta e quinta, no Florida Mall. Esses encontros contribuem para a integração do pessoal;, exemplifica. Hélio ; que já sofreu alguns acidentes ; reconhece que, atualmente, o trânsito respeita mais as motos. Porém, acredita que ainda é possível melhorar, e o que falta é educação.
Bruno adora sair pilotando a moto, sem destino, nas horas vagas. Ele defende que Brasília é uma cidade boa para tal prática. ;As vias são mais largas, não têm tanto semáforo e, no fim de semana, não há tanto carro na rua;, argumenta. Pai e filho concordam que a sensação de liberdade é uma das maiores vantagens de pilotar uma moto. Passar pela Ponte JK é um dos passeios preferidos dos dois.