O lucro do Banco do Brasil (BB) caiu 25,3% no segundo trimestre deste ano por conta da crise do novo coronavírus. Com isso, a instituição fechou o período com um lucro líquido ajustado de R$ 3,311 bilhões.
O resultado é o último da gestão de Rubem Novaes e foi apresentado nesta quinta-feira (6/8). "O resultado não foi tão bom porque nós nos antecipamos à perda esperada e fizemos uma provisão conservadora, mais forte. Mas o banco continua trabalhando bem no sentido de gerar resultado", disse Novaes.
O BB explicou que, diante da crise causada pelo novo coronavírus, a instituição decidiu ampliar suas provisões de R$ 4,148 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 5,907 bilhões no mesmo período deste ano. O aumento foi de 51,8% e rendeu ao BB um índice de cobertura de 223,5% na inadimplência de 90 dias.
O banco está sólido e com uma atitude conservadora diante da crise", frisou Novaes. Ele também destacou que "depois de muitos e muitos anos, o BB fechou o segundo trimestre com um retorno sobre patrimônio líquido de 12,2%, no mesmo nível dos seus pares privados. "O resultado estrutural do banco, excluídas as provisões é de R$ 21,9 bilhões. Isso mostra um crescimento de 11,7%, mostra que a máquina de gerar negócio continua produzindo resultado", acrescentou.
Segundo semestre
Por conta disso, a expectativa de Novaes é que o segundo semestre traga resultados mais positivos para o BB. "Os números da economia estão vindo melhores que a expectativa inicial. E, como nós talvez tenhamos sido um tanto exagerado do lado do conservadorismo no reconhecimento das perdas, a expectativa é ter um segundo semestre melhor que o primeiro. Nada excepcional, mas melhor", emendou.
Também contribui com a expectativa de uma melhora nos resultados o fato de que o BB registrou uma redução de apenas 1,4% na receita com prestação de serviços, mesmo diante da crise causada pelo novo coronavírus. O indicador passou de R$ 7,43 bilhões para R$ 6,96 bilhões entre o segundo trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020.
"A receita com prestação de serviços está sofrendo um pouco, principalmente em função da queda de juros. O quadro da economia também está afetando certos segmentos. Mas quase que mantivemos uma estabilidade", lembrou Novaes.
O BB também calcula um crescimento de 5,1% na carteira de crédito entre o primeiro semestre de 2019 e o mesmo período deste ano. A elevação foi observada tanto no crédito pessoa física e pessoa jurídica, quanto no crédito rural. E foi acompanhada por uma redução da inadimplência, que passou de 3,25% para 2,84% nesse período.
Nesse cenário, o Banco do Brasil fechou o primeiro semestre deste ano com um lucro líquido ajustado de R$ 6,7 bilhões. O resultado é 22,7% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, mas também se explica pelo aumento de provisões.
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