A Eletronorte vai levar energia limpa para 300 mil pessoas que moram em áreas remotas do Amapá. O Ministério de Minas e Energia (MME) assinou portaria, nesta quarta-feira (5/8), determinando que a companhia vai atuar como agente executor do programa Mais Luz para a Amazônia naquele estado. O acordo foi assinado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e pelo presidente da Eletronorte, Roberto Parucker, em cerimônia que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp, o objetivo da portaria é levar energia limpa e renovável para 300 mil pessoas que vivem áreas remotas, sem acesso à rede pública de energia e distante dos polos de distribuição. “O programa permitirá o desenvolvimento econômico e social das comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas”, afirmou.
Limp explicou que a primeira fase do programa Mais Luz para a Amazônia consiste na identificação dos consumidores que serão atendidos, o que já está em andamento. “Depois serão celebrados termos de compromisso com as distribuidoras, o que deve ocorrer ainda em 2020, com contratos específicos para a realização das obras, a fim de entregá-las em 2021.”
A designação da Eletronorte no Amapá, como agente executor para realização das obras de ligação dessas comunidades vai atender o arquipélago de Bailique, com energia renovável e limpa, principalmente da fonte solar. O presidente da companhia, Roberto Parucker, ressaltou que terá o desafio de instalar painéis solares em comunidades isoladas ou levar cabos subaquáticos.
“Nosso compromisso será assumido de forma tranquila e determinada. No Amapá, a Eletronorte é comprometida com o desenvolvimento do Estado e tem projetos de universalização da energia em aldeias. O projeto Mais Luz para Amazônia é fruto de parceria com o MME, que cedeu os equipamentos eletrônicos, 700 placas fotovoltaicas”, disse.
“O desafio que nos orgulha muito pelo reconhecimento e pela oportunidade de reafirmar compromisso com a região onde atuamos há mais de 47 anos. No arquipélago do Bailique, teremos mais uma demonstração da qualidade de vida que a energia leva para as pessoas. A região fica a 160 km da capital Macapá”, assinalou. “Um programa como esse contribui para redução da emissão dos gases de efeito estufa porque reduz o uso de geradores a diesel ou gasolina que, por enquanto, são a única fonte de energia da região”, acrescentou.
Prestígio
Presente ao evento, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), comemorou a assinatura. “É um sinal de respeito e de prestígio a mim, porque o Amapá é o estado que represento. Sei do significado disso para o arquipélago do Bailique, que tem mais de 43 comunidades que vivem no conjunto de ilhas,cujo único acesso, por embarcação, dura 12 horas e, se perder a maré, leva 18 horas”, ressaltou.
Conforme o parlamentar, as comunidades vivem em total isolamento da capital, especialmente em relação à energia elétrica. “São mais de 12 mil habitantes, uma população expressiva que não tem energia de qualidade. Esse modelo de energia renovável e limpa é aguardado há muitos anos”, completou.
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