Correio Braziliense
postado em 03/08/2020 19:21
O complexo portuário de Itaqui, na capital do Maranhão, ganhou uma nova base de distribuição de combustíveis. A Raízen iniciou as operações do terminal ferroviário de São Luís, maior base privada já construída e operada pela empresa e que deve se tornar o ponto primário de importação de derivados e de exportação de etanol, interligando refinadores privados do Brasil e do exterior. Com investimento de R$ 200 milhões, o novo terminal tem capacidade para movimentar 1,5 bilhão de litros de combustíveis por ano e pode armazenar até 80 milhões de litros gasolina A, Diesel S 10 e S500.
Construído em terreno de 140 mil m² na retroárea do Porto de Itaqui, no polo industrial de São Luís, o terminal vai multiplicar a oferta de combustíveis nos estados do Maranhão, Piauí, Pará, Tocantins e Mato Grosso, além de funcionar como hub (pivô, na tradução do inglês, no sentido de concentrador) de cargas para outros portos do Norte de Nordeste. O investimento em infraestrutura pretende reduzir custos na cadeia produtiva agrícola e de transportes da região, além de gerar empregos no Maranhão: quase 1 mil diretos e 500 indiretos no período da obra e 50 diretos ligados à operação e a contratação preferencial de materiais e serviços da região.
O terminal de São Luís se integra a uma malha de bases ferroviárias novas, recém-construídas pela Raízen em Porto Nacional (TO) e Marabá (PA), além das existentes em Teresina e Açailândia. Este grupo de terminais e bases de distribuição poderão operar grandes composições ferroviárias conectadas pela malha ferroviária da Ferrovia Centro-Atlântica na região. Também haverá aumento da área de influência após a expansão da Ferrovia Norte-Sul.
Liquidez
Segundo Nilton Gabardo, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Infraestrutura da Raízen, o novo empreendimento da distribuidora de combustível vai movimentar todos os combustíveis e abastecer o mercado agrícola. “São Luís está muito perto do mercado dos Estados Unidos. Acessa mercado de grande liquidez de produtos refinados. Além disso, tem alta capacidade de porto, consegue trazer navios de grande porte o que torna os fretes mais competitivos. Também permite que faça redespacho, por meio de cabotagem, para outras capitais”, explicou.
Com uma capacidade de 80 mil metros cúbicos (m³), o terminal pretende movimentar 1,5 milhão de m³ por ano, entre internação dos produtos e despachos para cabotagem. “Com uma cadeia de infraestrutura grande, a Raízen conseguirá vantagens competitivas grandes, porque isso nos permite escolher fornecedores, sobretudo agora com a privatização de refinarias, algumas bem próximas da região”, disse.
“Como somos uma distribuidora nesta região, que carece de infraestrutura, há uma corrida de custos, para ganhar competitividade. Isso é muito importante, porque combustível é um insumo importante. Se é barato, vai refletir na bomba e nos custos de outras cadeias”, afirmou Gabardo. “Estamos especialmente felizes com o projeto, sobretudo na escolha do lugar”, acrescentou.
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