Economia

Maioria branca e católica

A maioria dos moradores do Lago Sul, local que concentra as maiores rendas per capita do país, são brancos, casados, com escolaridade alta e cristãos, de acordo com a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Na região, 69,5% dos habitantes são brancos; 28,78%, pardos; e 1,49%, pretos. Os dados mostram que 68,6% têm nível superior completo, incluindo especialização, mestrado e doutorado. Dos moradores do Lago Sul, 34,3% nasceram no DF. A maioria dos imigrantes, 50,25%, vem do Sudeste; 20,89%, do Nordeste, 11,72%, do Centro-Oeste; 8,47%, do Sul; e 2,76% do Norte. Em relação à origem, Minas Gerais é o estado mais representativo, com 20,18%. Depois, aparecem Rio de Janeiro (19,12%), Goiás (9,65%) e São Paulo (9,56%).

O que levou a carioca Jane Carol Azevedo, 71 anos, a sair do Rio de Janeiro para morar no Lago Sul, em 1976, foi a perspectiva de encontrar um lugar mais calmo para as crianças. Quando chegou à cidade, com marido e dois filhos pequenos, de seis meses e três anos, não se decepcionou. “O que me atraiu foi a liberdade, o espaço livre. É quase uma cidade do interior, com muito verde e qualidade de vida. Ótimo para famílias”, conta.

Jane foi a segunda de quatro irmãs a mudar-se para a capital. Pouco depois, as outras duas foram morar na mesma quadra do Lago Sul e levaram a mãe. Hoje, além delas, filhos, netos e sobrinhos são vizinhos. O movimento é recorrente: pelos dados da Codeplan, 58,4% dos moradores do Lago Sul chegam a Brasília para acompanhar parentes. Outros 23,75%, à procura de emprego. Os 11,23% restantes, por transferência do local de trabalho.

A maioria dos habitantes do Lago Sul, 46,5%, tem entre 25 e 59 anos. Os idosos são 34%. A população de até 14 anos totaliza 9,2%. Os casados são 50,6%, seguidos pelos solteiros, 31,99%. E 6,93% têm união estável. Viúvos e divorciados representam 5,17% e 3,54%, respectivamente. Só 12,23% dos moradores não têm religião. Pelos números da Codeplan, 72,31% são católicos; 7,57%, evangélicos; 6,66%, espíritas. Entre os habitantes da região, 98% têm automóvel.

Aposentados
No estudo da Codeplan, de 2017, a renda domiciliar média apurada foi de R$ 23.591, e a renda per capita, de R$ 8.117. Os 10% mais ricos absorvem 26,7% da renda, e os 10% de menor poder aquisitivo detêm 12%. Na região, a totalidade das construções é permanente. Dessas, 98,8% são casas: 87,4% dos domicílios são próprios. A maioria dos responsáveis pelos lares, segundo a pesquisa, é de aposentados, 50,6%, seguidos por trabalhadores remunerados, 43,2%.