A Vale pagará juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 1,41 por ação em agosto e que retomará em setembro o pagamento de dividendos. “Mais importante é que estamos no novo normal, um mundo desafiador, e vamos ser muito conservadores”, ressaltaram.
O diretor-executivo de Ferrosos da Vale, Marcelo Spinelli, afirmou que os impactos da covid-19 sobre a produção de minério de ferro, este ano, deverão ficar em 10 milhões de toneladas. Também disse que os planos da empresa são de produção de minério de ferro de 400 milhões de toneladas em 2022. Este ano, a companhia tem uma meta de produção entre 310 milhões e 330 milhões de toneladas.
Na teleconferência, o presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo, destacou que a Vale comprometeu US$ 6 bilhões com reparações e indenizações pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), sendo US$ 2,6 bilhões desembolsados e US$ 3,4 bilhões provisionados. Bartolomeu informou que a Vale pagou R$ 3,9 bilhões em indenizações até agora.
A expectativa para o segundo semestre da mineradora é positiva, segundo o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani. “Tem tudo para ser muito bom em termos de custos no minério de ferro”, afirmou. A empresa vai pagar, em agosto, a linha de crédito rotativo tomada este ano para fazer frente aos efeitos da pandemia.
Sobre dividendos extraordinários, Siani ressaltou que a decisão vai ser tomada em setembro, olhando para o fluxo de caixa. “Em setembro, a empresa vai ter uma visão de quanto deverá pagar de dividendo em março de 2021”, ressaltou.