Correio Braziliense
postado em 30/07/2020 08:23
A crise provocada pelo novo coronavírus elevou a demanda dos brasileiros por dinheiro em espécie. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que de fevereiro - antes da pandemia - para junho o Papel- Moeda em Poder do Público (PMPP) saltou 29%, de R$ 210,2 bilhões para R$ 270,9 bilhões. Este é o maior valor da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.O movimento chama a atenção por ocorrer em um momento da história econômica em que os países têm elevado as iniciativas para uso da tecnologia em transações comerciais - o que reduz a necessidade de papel-moeda. Com a pandemia, porém, o cenário mudou: um montante adicional de R$ 60,672 bilhões em cédulas está em circulação no Brasil.
De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, o aumento do papel-moeda nas mãos do público nos últimos meses foi causado pela demanda da população com a liberação do auxílio emergencial mensal de R$ 600 pelo governo, durante a pandemia.
"Se a população tem demanda por papel-moeda, a função do BC é sancionar essa demanda. Se a população tem maior demanda por cédulas e moedas, o BC oferta. Se não fizer isso, haverá falta de numerário. Se a demanda cai, uma parcela disso é recolhida", explicou Rocha.
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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