Líderes do setor empresarial brasileiro se reuniram, na manhã desta terça-feira (28/7), com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir uma agenda de desenvolvimento sustentável para o país. O movimento, que começou com a assinatura de 38 CEOs de grandes empresas, hoje conta com 61 signatários, entre eles, cinco investidores nacionais.
Os representantes trataram sobre temas que estão na pauta do Legislativo, como regularização fundiária e licenciamento ambiental. O grupo também agendou encontros com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com o procurador-geral da República, Augusto Aras, e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Segundo Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o comunicado do setor empresarial, lançado em 7 de julho, trata do bioma Amazônia e o ponto forte é o pedido para que o país combata o desmatamento ilegal. “O movimento ganhou adesão de empresários que buscam práticas mais sustentáveis”, afirmou.
O encontro com Maia, que contou com as presenças dos deputados Rodrigo Agostinho (PSB-SP), coordenador da Frente Ambientalista, e José Silva (Solidariedade-MG), foi produtivo e objetivo, disse Grossi. “Foi interessantes ouvir que a Câmara está criando uma comissão para tratar desse assunto. Pontuamos questões como mercado de carbono, licenciamento ambiental. A ideia é trazer, no processo de recuperação econômica, critérios de sustentabilidade”, explicou.
A plataforma empresarial criada pelo movimento, além de tomar corpo, vai manter as tratativas com os Poderes, para contribuir para melhoria da imagem do Brasil em termos globais. “Os deputados citaram que participam das convenções de clima e biodiversidade e nós nos colocamos juntos para somar com a Câmara sobre os temas”, afirmou.
Transparência
Grossi explicou que o grupo dos empresários é a favor da transparência. “Queremos separar o joio do trigo. O comunicado, que virou um movimento, juntou, de forma apartidária, CEOs e grandes lideranças. Também abrimos para investidores nacionais, porque eles querem entrar e mostrar alinhamento com essas práticas. Apesar de não ter nascido com viés para os investidores, eles mostraram desejo de estar se posicionando e isso só soma ao movimento”, destacou.
André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), explicou que as cadeias exportadoras têm preocupação com o desmatamento ilegal. “Há propriedades privadas que não seguem os ritos. Esse número, mesmo sendo pequeno, coloca em xeque a credibilidade da nossa associação e dos nossos produtos. O que é percebido lá fora é que não estamos conseguindo controlar o desmatamento”, explicou. Segundo ele, no encontro, um dos parlamentares falou que a Câmara enxerga que há melhorias para serem feitas no arcabouço legal de forma a desestimular o desmatamento ilegal”, disse.
* Conheça os 61 signatários
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