Economia

Secovi: vendas de imóveis residenciais novos em SP mostraram recuperação em junho

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo mostraram recuperação em junho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 27, pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). As vendas em junho atingiram 2.984 unidades. Esse montante foi 24,1% maior que em maio e 56% abaixo do mesmo mês do ano passado. O montante também já está próximo da média de 3.195 unidades vendidas por mês entre janeiro e março deste ano, período imediatamente anterior ao início da quarentena. Conforme mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em reportagem de 15 de julho, empresários e analistas já vinham percebendo uma reação do mercado imobiliário. Um dos motivos para a melhora está na queda nas taxas do financiamento, abrindo caminho para compra da moradia por mais pessoas e compensando, ao menos em parte, os efeitos negativos da crise. "Apesar deste cenário desafiador, o mercado imobiliário apresentou crescimento no mês de junho em relação ao mês de maio, quando as vendas já tinham apresentado recuperação em relação a abril. A tendência de retomada da vida, dentro de um novo normal, está colaborando com esse comportamento", afirmou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. Na visão do economista, existe margem para mais redução dos juros dos financiamentos imobiliários, o que daria um novo gás para o mercado. "Taxas de juros competitivas estimulam o aumento das operações de financiamentos, trazendo mais famílias para o crédito imobiliário", ressaltou. Por outro lado, a pesquisa do Secovi-SP evidenciou como a quarentena paralisou parte dos negócios do setor. Os projetos imobiliários lançados em junho somaram apenas 2.015 unidades. O montante foi 28,3% maior do que o registrado em maio, mas 79,9% abaixo do total de junho de 2019. No acumulado de 12 meses até junho, os lançamentos totalizaram 54.740 unidades, 12,3% acima das 48.751 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior. Por fim, o estoque de imóveis novos (que considera moradias na planta, em obras e recém-entregues) chegou a 31.225 unidades no fim de junho, 3,7% inferior à registrada em maio, e 31,8% acima do volume de junho do ano passado.