Fintechs ignoram a crise
Por mais que os bancos tradicionais teimem em dizer que as fintechs não representam uma ameaça, elas continuam a avançar em ritmo acelerado, ignorando crises e a competição acirrada. Nesta semana, o Nubank deu mais um passo para se tornar uma empresa financeira internacional ao comprar a companhia americana de software Cognitect. Entre outros atributos, a Cognitect é conhecida por ter criado dois dos sistemas de tecnologia mais usados por engenheiros de programação. Fundado há sete anos, o banco digital brasileiro tem escritórios na Alemanha, na Argentina e no México, e uma carteira com 25 milhões de clientes. Este não é o caso único de fintech que está na contramão da crise. A facilitadora de pagamentos Listo abriu 90 novas vagas de trabalho e, desde o início da pandemia, contratou 144 profissionais. A Listo está presente em 1,7 mil municípios brasileiros e possui unidades na Argentina, no México e no Peru. Desde a fundação, em 2014, sempre operou no azul.
Inteligência Artificial ajuda Renner a vender mais
A inteligência artificial está ajudando a Renner a melhorar o desempenho de suas lojas. O sistema de computadores analisa o histórico de vendas, estuda características regionais (como faixa de renda e até o clima local) e avalia o cenário econômico para determinar os produtos que poderão ter melhor performance de acordo com esses critérios. A atividade é complexa, mas traz resultados. No ano passado, os endereços que usaram a IA registraram um aumento de 12% nas vendas.
"É essencial ter um governo pró-negócios para criar as condições necessárias para gerar mais emprego, mais renda e mais riqueza para o país”
Pedro Parente, presidente do conselho da BRF
É preciso ter cuidado com as dicas do Fintwit
Um alerta para os investidores inexperientes que acompanham o Fintwit, como é chamada a comunidade do mercado financeiro no Twitter. Alguns analistas, gestores e especialistas que escrevem sobre ações têm interesses particulares por trás de seus palpites e comentários. Quando se trata de dinheiro, recomenda-se ter cuidado. Uma maneira de fugir de pegadinhas é checar se a empresa do fintwiteiro tem histórico de bons resultados na Bolsa, algo que uma pesquisa no Google ajuda a descobrir.
75%
dos empregos no Brasil são gerados por empresas familiares, que também respondem por 65% do PIB. Os dados são do IBGE e do Sebrae.
Via Varejo e Cogna desabam na Bolsa
Algumas das ações que fizeram mais barulho nas últimas semanas sofreram no pregão de ontem, da Bolsa de São Paulo. A Via Varejo, que vinha sendo aclamada no Fintwit, desabou 6,99%. A Cogna, outra empresa defendida com louvor por muitos analistas, encolheu 6,82%. Elas são o exemplo perfeito de que é preciso ter cuidado na hora de investir no mercado acionário. Não adianta ir na bola da vez. É fundamental conhecer bem a companhia antes de comprar a ação. Sem isso, você estará jogando na loteria.
Rapidinhas
» A rede de idiomas Wise Up não perdeu receitas nem demitiu, durante a pandemia, mesmo com as 420 escolas fechadas. Para driblar a crise, ampliou o sistema de aulas de inglês on-line, deu desconto de 25% nas mensalidades e suspendeu, por três meses, a cobrança de royalties dos franqueados. As medidas equilibraram o caixa e evitaram perdas.
» O comércio eletrônico avançou nos últimos meses, mas há espaço para mais. Atualmente, os negócios on-line respondem por 9,5% das vendas totais do varejo brasileiro. Na China, a participação é de 30%. Nos Estados Unidos, de 18%. Segundo a corretora XP, o comércio digital no Brasil poderá crescer, em média, 21% por ano até 2025.
» A empresa de energia Furnas investiu R$ 600 mil para se prevenir de ataques cibernéticos e evitar interrupções de operações. Pesquisas mostram que, durante a pandemia e com o elevado número de pessoas trabalhando remotamente, os ataques virtuais se tornaram mais comuns. Atualmente, 80% dos empregados de Furnas dão expediente em casa.
» Muitos salões de beleza quebraram na crise do coronavírus, mas os que sobreviveram têm boas chances de ganhar dinheiro daqui para frente. Em Nova York, a reabertura do famoso Julien Fare resultou em uma fila de espera de 1,2 mil pessoas. Detalhe: os clientes pagam US$ 1 mil pelo corte de cabelo.