No acumulado do ano, o total arrecadado somou R$ 665,9 bilhões, dado 14,71% inferior ao registrado no mesmo período de 2019, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (23/07).
De acordo com dados do Fisco, além da atividade mais fraca, a redução das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o diferimento de tributos federais, como PIS-Pasep e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da Contribuição Previdenciária e do Simples Nacional também contribuíram para essa forte queda de junho na comparação com o mesmo intervalo de 2019. Apenas em junho, a redução na receita com esses tributos foi de R$ 20,4 bilhões em junho. No acumulado do ano, o impacto fiscal é de R$ 81,3 bilhões.
Um dos maiores percentuais de queda ficou com o IOF, que tombou 69,91% na comparação com junho de 2019, para R$ 1 bilhão. Já o recolhimento de PIS-Pasep e de Cofins encolheu 56,41% no mês passado, somando R$ 11,7 bilhões. A receita previdenciária recuou 39,05% e a de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) sobre rendimentos de capital. A Cide-Combustíveis desabou 92,46%, para R$ 18 milhões.
No acumulado do ano, a arrecadação de PIS-Cofins recuou 30,8%, para R$ 114,2 bilhões. “Esse desempenho é explicado pela queda real de 2,14% na massa salarial habitual de maio de 2020 em relação a maio de 2019 e pelo diferimento do prazo para pagamento do Simples Nacional, da Contribuição Previdenciária Patronal e dos parcelamentos especiais”, destacou a nota da Receita.
Enquanto isso, a receita previdenciária recuou 19,09%, para R$ 171,5 bilhões no acumulado do semestre. “Esse resultado decorreu, fundamentalmente, da prorrogação do prazo para o recolhimento dessas contribuições em razão da pandemia relacionada ao coronavírus e dos decréscimos reais de 14,90% do volume de vendas do comércio e de 19,50% no volume de serviços em maio de 2020 em relação a maio de 2019”, explicou a nota do Fisco.