Do total a ser restituído, pouco mais de R$ 2 bilhões são para os que têm prioridade legal, sendo 88,4 mil idosos acima de 80 anos; 646,1 mil, entre 60 e 79 anos; 47,2 mil com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave; e 346,8 mil contribuintes cuja maior fonte de renda é o magistério. Foram contemplados, ainda, 2,8 milhões de contribuintes não prioritários que entregaram o documento até o dia 28 de março.
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte precisa acessar a página da Receita Federal na internet (receita.fazenda.gov.br). Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, pelo telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.
O que fazer
A boa notícia, em 2020, é que, por causa da pandemia da covid-19, a Receita já está, desde 29 de maio, devolvendo aos contribuintes os valores retidos a mais de IR na fonte em 2019. Em vez das sete parcelas habituais, desta vez serão cinco, sendo a última em 30 de setembro próximoDaniela Casabona, sócia diretora da FB Wealth — Investimentos e Planejamento Financeiro, destaca que, tendo em vista o momento difícil, o aconselhável é não gastar o dinheiro com supérfluos. “Além disso, nesta nova onda de corte da Taxa Básica de Juros (Selic), é importante ter bom senso e sempre, antes de investir, priorizar dívidas altas e que comprometem o mês. Para os que estão com as contas em dia, vale procurar investimentos que deem a oportunidade de diversificar a carteira e proteger o patrimônio a longo prazo”, destacou.
Sandro Rodrigues, fundador da Attend Assessoria Consultoria e Auditoria, lembra que as dívidas desorganizam o dia a dia dos inadimplentes, como a negativação do nome nos serviços de proteção ao crédito. “Com isso, as dificuldades para obter financiamentos e novas compras ficam bem maiores”, afirmou. Para quem está com a situação financeira equilibrada, ele destaca que é importante apurar qual é o investimento mais seguro, de acordo com o seu perfil.
Ainda com o dinheiro da restituição, há a alternativa de comprar um bem ou serviço necessário e que pode ajudar no cotidiano durante a pandemia, ou mesmo um bem mais duradouro. “Enfim, alternativas seguramente não faltam neste momento totalmente atípico que estamos vivendo. No entanto, é preciso pensar bem e aproveitar esse valor que chega para amenizar o bolso dos brasileiros”, aconselha Rodrigues.