A perspectiva para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 6,54% no auge da crise econômica causada pelo novo coronavírus. Porém, vem sendo revista nas últimas semanas depois que os indicadores mostraram que a economia brasileira bateu no fundo do poço em abril, mas já apresenta certa recuperação a partir de maio.
Na semana passada, por exemplo, os analistas ouvidos pelo Focus já haviam reduzido a projeção de queda do PIB de 6,5% para 6,1%. E agora revisaram novamente essa perspectiva para 5,95%.
Já as projeções dos demais indicadores não mudaram. Isto é, o mercado segue projetando uma inflação de 1,72% para o fim do ano, abaixo do piso da meta estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de 2,5%; uma taxa básica de juros (Selic) de 2%, que prevê, portanto, mais um corte de 0,25 pp na Selic; e um câmbio de R$ 5,20, um pouco abaixo do que tem sido visto nas últimas semanas.
Governo
Mesmo após essa revisão, o projeção do mercado para a queda do PIB em 2020 continua mais pessimista que a do governo. É que, na semana passada, o governo optou por manter a sua projeção de queda do PIB em 4,7%.
Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida explicou, na divulgação do indicador, que dados setoriais de varejo e indústria, bem como dados antecedentes como os de consumo de energia e de emissão de notas fiscais eletrônicas, já mostravam uma melhora da atividade econômica em maio e junho.
Saiba Mais
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto também afirmou na semana passada que, pelo que mostram os indicadores econômicos dos últimos meses, a contração do PIB não vai ser tão grande quanto o imaginado. Ou seja, não deve chegar a 6,5% em 2020.