Porém, a instabilidade em Nova York, com viés de baixa, fez o principal índice à vista da B3 perder força, migrando para o terreno negativo. Às 11h19, o Ibovespa caía 0,16%, aos 99.606,90 pontos. A agenda de indicadores fraca também atrapalha a definição dos negócios hoje, ao mesmo tempo em que segue avançando os casos de infectados pela covid-19 nos EUA e também no Brasil.
A Bolsa precisava manter o patamar dos 100 mil pontos, se consolidar nesse nível e ir para o próximo objetivo, que são os 105 mil pontos, diz o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira. "Vai precisar do exterior", acrescenta.
Após as altas das bolsas de Nova York ontem, com destaque para nova máxima histórica do Nasdaq, os índices Dow Jones e S&P 500 passam por correção. "Isso limita o aumento sistemático da Bolsa brasileira. Contudo, não acredito em uma reversão do Ibovespa para um nível abaixo de 90 mil pontos no curtíssimo prazo", avalia o estrategista da INVX Global Brasil, Eduardo Velho.
Além da realização de lucros nos mercados norte-americanos, a cautela em relação à pandemia de coronavírus segue no radar. Os Estados Unidos ultrapassaram ontem a marca dos 3 milhões de casos confirmados da covid-19. No Brasil, 68.055 brasileiros já perderam a vida por causa da pandemia e 1.716.196 pessoas foram infectadas pela doença.
Entretanto, a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, continua mostrando reação em sua atividade após a fase de isolamento social para conter o novo coronavírus, o que pode contribuir para alta do Ibovespa. Um exemplo disso hoje é que o yuan atingiu os maiores níveis desde março em relação ao dólar, e as bolsas asiáticas estenderam o rali após dados de inflação corroborarem expectativas de recuperação da economia. Porém, nem isso segura os mercados em alta.