A Macrologística realiza vários estudos para identificar gargalos a serem resolvidos. “Em relação ao Arco Norte, os mais importantes são rodo-hidro-ferroviários. Um deles é a Ferrogrão (ferrovia que liga Sinop, no Mato Grosso, aos terminais hidroviários privados em Miritituba, no Pará, e que deve ser concessionada)”, ressalta. Outro entrave, segundo Pavan, é a Ferrovia Paraense. “O Pará possui uma província mineral das maiores em todo o mundo e uma das regiões do agronegócio brasileiro que mais se diversificam e crescem. O que falta é logística, com ferrovia e porto competitivos”, destaca.
De acordo com o presidente da Macrologística, é altamente viável o transporte de 180 milhões de toneladas por ano na região, sendo 150 milhões de minérios e 30 milhões de grãos, fertilizantes, carga geral. “O valor econômico é da ordem de US$ 18 bilhões por ano, gerando emprego e renda”, diz. A utilização do Porto de Vila do Conde (PA) proporciona diminuição de custo de US$ 15 por tonelada, aponta o especialista.
Racionalidade
Hoje, todos os portos estão em via de saturação, no entender de Pavan. “Como o Brasil cresce a 0,5%, atende. Mas, se o país voltar a crescer 3% ao ano, vai ser difícil promover os meios de transporte. Não pode ser rodoviário pelo rodoviário, tem de ser pelo mais econômico, o mais competitivo. Logística é calcular racionalmente”, reforça.Atualmente, existem navios que carregam 22 mil TEUs (unidade equivalente a 20 pés da sigla em inglês para Twenty-foot Equivalent Unit), enquanto os portos brasileiros recebem embarcações de 8,5 mil TEUs, observa Pavan. “O Porto de Santos tem área para crescer, mas o problema é o canal de acesso. O Porto Vila do Conde está sendo adequado para 18 metros para receber navios grandes”, diz.