“A relativa estabilidade da dívida entre 2021 e 2024, mesmo diante de déficits primários significativos, se explica pela expectativa de taxas de juros reais baixas e recuperação do crescimento real do PIB”, informou a nota.
“Há uma curta janela de tempo favorável à dinâmica do endividamento, dentro da qual se pressupõe avanços no ajuste fiscal. Sem isso, esse cenário pode não se concretizar, com riscos relevantes para toda a trajetória”, destacou o texto.
Em 2019, a dívida pública bruta encerrou o ano em 75,8% do PIB.
Impacto fiscal
O impacto das medidas de combate efeitos da covid-19 no resultado das contas públicas soma R$ 521,3 bilhões, o equivalente a 7,5% do PIB, de acordo com dados do Ministério da Economia. Desse montante, R$ 12, 8 bilhões referem-se à queda na receita com tributos devido ao adiamento no pagamento de impostos e à isenção tributária, como a desoneração do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens necessários ao combate à pandemia e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que deverá ser prorrogado, de acordo com o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues.