Redes sociais mobilizam mais que sindicatos
A greve dos entregadores que trabalham para aplicativos de delivery, como iFood, Rappi e Uber Eats, mostrou a força de uma nova forma de mobilização. No lugar dos sindicatos, que não tiveram papel algum na paralisação de motoqueiros e ciclistas, entraram em cena as mídias sociais. Elas alcançam um público maior, são mais ágeis na comunicação e capazes de atrair a simpatia, para uma determinada causa, de pessoas que não estão necessariamente ligadas ao setor. Basta dar uma espiada na quantidade de posts em defesa da greve dos entregadores para entender como o fenômeno funciona. Se até pouco tempo atrás as empresas se preocupavam com as manobras e a pressão dos sindicatos, agora terão pela frente a fúria de movimentos que se organizam por intermédio de marcas globais como Facebook, Twitter e Instagram. No mundo atual, regido pelas redes sociais, isso confere um poder sem precedentes a todo tipo de ativismo.
"Investimos bilhões de dólares todos os anos para manter nossa comunidade segura e trabalhamos continuamente com especialistas da sociedade civil para revisar e atualizar as nossas políticas. Nós abrimos para uma auditoria de direitos civis e banimos 250 organizações supremacistas brancas”
Comunicado do Facebook enviado ao mercado após o boicote de anunciantes, que acusam a rede social de não combater discursos de ódio.
53%
das pequenas e médias empresas brasileiras sobrevivem às atuais condições de mercado por no máximo seis meses. O estudo da companhia de software Capterra explica por que elas pressionam as autoridades pela reabertura da economia.
Quebradeira no setor aéreo expõe urgência de planos de socorro
Quantas companhias aéreas vão quebrar na crise do coronavírus? A resposta é incerta, mas a situação preocupa. Nesta semana, a Aeromexico se tornou a terceira empresa na América Latina a pedir recuperação judicial, repetindo o que Latam e Avianca fizeram em maio. Desde o início da pandemia, a demanda por voos da companhia caiu 90%, o que torna impossível a sobrevivência de empresas com margens apertadas. O caso também expõe a urgência de um pacote de socorro do BNDES para as aéreas brasileiras.
Maioria dos brasileiros mente no currículo
Mentir no currículo, a exemplo do que fizeram diversos integrantes e postulantes a cargos no governo Bolsonaro, é uma prática generalizada no Brasil. Uma pesquisa recente realizada pela consultoria DNA Outplacement, voltada a executivos e profissionais de nível gerencial, constatou que 75% deles já colocaram alguma informação falsa em seus currículos. As mentiras mais comuns são sobre o salário recebido no último emprego, o domínio do inglês e o tempo de inatividade.
“É preciso falar menos e fazer mais”
O dono de uma das maiores empresas de tecnologia da informação do país está irritado com o discurso otimista do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele precisa parar de dizer que o Brasil vai surpreender o mundo daqui a dois ou três meses”, diz o executivo. “Essa história cansou. O Brasil não vai surpreender ninguém. O Guedes é tecnicamente brilhante, mas às vezes parece desconectado da realidade.” O empresário clama pela agenda de reformas: “É preciso falar menos e fazer mais”.
Rapidinhas
» A Amazon irá reforçar a sua unidade de negócios dedicada ao combate à pirataria. Segundo a empresa, ex-promotores federais, investidores e analistas de dados deverão se juntar aos 8 mil funcionários que trabalham no combate a fraudes e falsificações de produtos. Em 2019, a Amazon investiu US$ 500 milhões na área.
» Em 2018, a alemã Mercedes-Benz anunciou com certo estardalhaço que estava ingressando na era da economia compartilhada. A empresa lançou, naquele ano, o MB Collection, serviço de assinatura em que vários usuários dividiam o mesmo carro. Nesta semana, o projeto foi cancelado por um motivo inquestionável: falta de clientes.
» O isolamento social acelerou as vendas de livros digitais no Brasil. Segundo a BookWire, empresa especializada em produzir conteúdo digital para editoras, os negócios realizados em março e abril corresponderam a 80% do volume distribuído em todo o ano de 2019. Nos dois meses, foram entregues pela BookWire 9,5 milhões de livros.
» A marca de roupas Malwee colocou no mercado máscaras e camisetas que, segundo a empresa, são comprovadamente antivirais e antibacterianas. Os produtos são feitos de um tecido que apresentou, sempre de acordo com a Malwee, 99% de eficácia na neutralização da covid-19. Foram fabricadas até agora 400 mil camisetas e 25 mil máscaras.