O impacto da crise econômica causada pela covid-19 no mercado de trabalho foi divulgado,, nesta terça-feira (30/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
A Pnad avaliou exatamente os três meses mais intensos da pandemia no país: março, abril e maio. E revelou que 368 mil pessoas ficaram desempregadas no Brasil nesse período. É um aumento de 3% na quantidade de pessoas que estão na fila do desemprego no Brasil, em relação ao trimestre anterior, encerrado em fevereiro.
De acordo com o IBGE, apenas o segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais conseguiu evitar o avanço do desemprego nesse período, com uma alta de 4,6% no emprego. Todas as outras atividades, contudo, reduziram seu número de empregados. O destaque foi do trabalho doméstico, que desabou 18,9%, com 1,2 milhão de trabalhadores a menos.
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Com isso, o IBGE observou quedas no número de empregados com carteira de trabalho (-2,5 milhões de pessoas), mas também no volume de empregados sem carteira assinada (-2,4 milhões), de trabalhadores por conta própria (-2,1 milhões) e até de trabalhadores informais (-5,8 milhões). Afinal, esses trabalhadores também ficaram sem condições de manter suas atividades diante das medidas de isolamento social impostas pela covid-19. E isso reduziu em 5% a massa de rendimento real habitual do país (R$ 206,6 bilhões de reais).