A logística deve considerar o que o termo, que vem do grego logistikós, significa: redução de custo. É o que alertou Renato Casali Pavan, sócio fundador e presidente da Macrologística. “Um projeto de logística nacional deve integrar física e economicamente os estados envolvidos e as demais regiões do país, identificando os sistemas de menor custo, voltados para o mercado interno e externo, formados pela infraestrutura de transporte de cargas”, explicou.
Em estudo, a Macrologística identificou vários gargalos a serem resolvidos. “Em relação ao Arco Norte, os mais importantes são rodo-hidro-ferroviários. Um deles é a Ferrogrão (ferrovia que liga Sinop, no Mato Grosso, aos terminais hidroviários privados em Miritituba, no Pará, e que deve ser concessionada)”, ressaltou. Outro gargalo, segundo Pavan, é a Ferrovia Paraense. “O Pará possui uma província mineral das maiores em todo o mundo e uma das regiões do agronegócio brasileiro que mais se diversificam e crescem. O que falta é logística, com ferrovia e porto competitivos”, destacou.
Segundo o presidente da Macrologística, o estudo mostrou ser altamente viável o transporte de 180 milhões de toneladas/ano sendo 150 milhões de minérios e 30 milhões de grãos, fertilizantes, carga geral. “O valor econômico é da ordem de US$ 18 bilhões por ano, gerando emprego e renda”, disse. A utilização do Porto de Vila do Conde (PA) proporcionaria diminuição de custo de US$ 15 por tonelada.