No final de semana, o número de casos da covid-19 ultrapassou a marca de 10 milhões no mundo, com o volume de óbitos superando a barreira dos 500 mil. A situação é particularmente preocupante nos Estados Unidos, que tiveram ontem o maior avanço diário da epidemia, com 44.703 diagnósticos confirmados em 24 horas.
Mesmo assim, as ações encontraram espaço para operar no positivo hoje, o que, na avaliação da Natwest, indica que a piora da pandemia já estava precificada na sessão de sexta-feira, quando os mercados registraram robustas quedas. Com isso, em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com alta de 1,08%, a 6.225,77 pontos, enquanto, em Paris, o CAC 40 avançou 4.945,46 pontos.
Investidores repercutiram também o anúncio do grupo farmacêutico China National Biotec Group de que uma vacina contra o vírus está em desenvolvimento e já imunizou mais de 1.100 pessoas - todas desenvolveram anticorpos. Os índices acionários europeus foram ainda na esteira das bolsas americanas, que responderam bem à surpreendente alta nas vendas de imóveis pendentes, que subiram 44,3% em março, enquanto o mercado esperava ganho de 15%
Em Frankfurt, o DAX avançou 1,18%, a 12.2232,12 pontos. Em carta enviada ao Parlamento Alemão, o ministro das finanças do país, Olaf Scholz, declarou apoio ao programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE), questionado pela Justiça local. A presidente do BCE, Christine Lagarde, também voltou a demonstrar confiança de que o processo chegará ao fim com uma decisão favorável à autoridade monetária.
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Nas demais praças, o índice FTSE MIB, de Milão, teve alta de 1,69%, a 19.447,02. Em Madri, o Ibex 35 ganhou 1,39%, a 7.278,10 pontos e, em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,77%, a 4.392,67 pontos.