Economia

351 mil pessoas já pediram seguro-desemprego neste mês

Total de trabalhadores que recorreu ao benefício na pandemia do novo coronavírus chega a 2,3 milhões

A procura pelo seguro-desemprego continua em alta no Brasil. Segundo o Ministério da Economia, 351,3 mil pessoas deram entrada no benefício apenas nos primeiros quinze dias deste mês de junho. Com isso, subiu para 2,3 milhões o total de trabalhadores que precisaram recorrer ao benefício desde o início da pandemia de covid-19.

O balanço dos pedidos de seguro-desemprego registrados na primeira quinzena de junho foi apresentado nesta quinta-feira (25/06) pelo Ministério da Economia. Foram, ao todo, 351.315 solicitações - número que é 35% maior que o registrado no mesmo período do ano passado: 260.228.

Com isso, a procura pelo benefício já registra um aumento de 14,2% neste ano. "No acumulado de 2020, foram contabilizados 3.648.762 pedidos. O número é 14,2% maior ao registrado no mesmo período de 2019 (3.194.122)", informou o Ministério da Economia.

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E a maior parte dessas solicitações foi registradas durante a pandemia do novo coronavírus. Os dados do governo mostram que, na segunda quinzena de março, quando as primeiras medidas de distanciamento social foram implementadas no Brasil, 235 mil trabalhadores recorreram ao seguro-desemprego. E esse número disparou com o agravamento da quarentena: foram 748 mil pedidos em abril, 960 mil em maio e agora mais 351,3 mil no início de junho. É possível dizer, portanto, que cerca de 64% de todos os 3,6 milhões de pedidos de seguro-desemprego deste ano foram registrados só durante a pandemia do novo coronavírus. 

O Ministério da Economia, por sua vez, destaca que houve uma desaceleração nas duas últimas quinzenas. Segundo a pasta, os 351 mil pedidos dos primeiros quinze dias de junho representam uma queda de 22,9% em relação aos últimos quinze dias de maio, quando 455,9 mil brasileiros deram entrada no benefício. Economistas, por sua vez, dizem que o desemprego ainda deve continuar subindo no Brasil nos próximos meses. Por isso, calculam que a taxa de desocupação, que marcou 12,6% ao final de abril, pode passar dos 15% devido à crise econômica causada pelo coronavírus.