Economia

Correio debate papel dos bancos

Webinar vai discutir o que é preciso fazer para que os recursos dos programas federais e do próprio sistema financeiro cheguem com mais rapidez e segurança às pequenas e médias empresas e às pessoas afetadas pela crise. Evento será transmitido pelo site do jornal







O sistema financeiro tem sido muito demandando nesses tempos de pandemia do novo coronavírus. Empresas e consumidores estão à procura de crédito, seja para manter os negócios funcionando, seja para complementar a renda abalada pela redução dos salários. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), desde março, as instituições financeiras já liberaram mais de R$ 1 trilhão em empréstimos e financiamentos e renegociaram milhares de contratos. A entidade reconhece, porém, que é possível fazer mais.

Para debater a importância do sistema financeiro na retomada do crescimento econômico, o Correio realiza, no próximo 2 de julho, a partir das 15h, um webinar com as participações dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Banco Central, Roberto Campos Neto; e da Febraban, Isaac Sidney Ferreira. O Correio Talks será transmitido, integralmente, por meio do site www.correiobraziliense.com.br/correiotalks e pelas redes sociais do jornal. Os interessados poderão encaminhar perguntas aos convidados.

Apesar dos esforços feitos pelos bancos para que o crédito chegue a quem precisa, as queixas são muitas, sobretudo por parte das pequenas e médias empresas, que reclamam do excesso de burocracia e de exigências. As instituições ressaltam que é preciso garantias firmes de que não serão vítimas da inadimplência. Tudo o que o Brasil não precisa neste momento é de uma crise bancária, como a que se viu nos anos de 1990, quando o país debelou a hiperinflação. A economia precisa de um sistema financeiro sólido para que o crédito flua de forma segura, estimulando os investimentos produtivos e o consumo.

Também há muitas reclamações em relação às linhas de socorro ao setor produtivo liberadas pelo governo. Apesar do anúncio de várias linhas para empresas de todos os portes, o crédito continua escasso. Na visão de especialistas, muitas regras se sobrepuseram, dificultando o acesso aos recursos. É preciso que a equipe econômica desate alguns nós para que os empréstimos sejam liberados e consigam salvar empresas e empregos.

Além dos entraves para a circulação de linhas emergenciais de crédito, há, no horizonte, projetos tramitando no Congresso que, à primeira vista, parecem facilitar a vida de empresas e consumidores. Mas, na verdade, medidas como tabelamento de juros e suspensão de parcelas de empréstimos e financiamentos podem fragilizar o sistema, que é vital para a retomada do crescimento. Não por acaso, o Congresso optou pelo bom senso e decidiu analisar, com cuidado e sem pressa, propostas que remetem a um passado marcado por desastres econômicos.





Dívida pública sobe 2,17% em maio
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF, contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o deficit orçamentário do governo) apresentou aumento, em termos nominais, de 2,17%, passando de R$ 4,16 trilhões, em abril, para R$ 4,25 trilhões, em maio. A dívida interna (DPMFi) cresceu 2,26%, de R$ 3,94 trilhões para R$ 4,03 trilhões, devido à emissão líquida de títulos no valor de R$ 73,9 bilhões e à incorporação de juros no valor de R$ 15,3 bilhões. Os dados foram divulgados, ontem, pela Secretaria do Tesouro Nacional. De acordo com o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, o estoque da dívida externa (DPFe) teve alta de 0,41% em relação a abril, encerrando o mês de maio em R$ 218 bilhões (US$ 40,17 bilhões).